Mais uma vez o serviço de inteligência da polícia foi eficaz e trabalhou rapidamente para solucionar mais um caso que abalou toda a nossa região no último sábado na vizinha cidade de Guaimbê, distante quase 42 quilômetros de Marília. Outro feminicídio para os números cada vez mais em alta, apesar do rigor da lei.

Por volta das 10:20 da manhã desta segunda-feira (6), em um belo serviço de monitoramento e rastreamento, a polícia conseguiu chegar ao local onde estava escondido Amarildo Rocha, 28 anos, suspeito de matar a pauladas sua esposa Débora Cristina Moraes Costa do Amaral, de 41 anos e empreendendo fuga logo na sequência. O mesmo estava na cidade de Getulina, distante pouco mais de 21 quilômetros do local do feminicídio.

De imediato, o mesmo foi encaminhado até delegacia de polícia da referida cidade e logo na sequência, conforme as imagens colhidas com exclusividade pelo JORNAL DO ÔNIBUS DE MARÍLIA, transferido para a CPJ (Central de polícia Judiciária) da cidade de Lins para os primeiros depoimentos.

Amarildo Rocha chegou a unidade policial algemado, sendo ouvido pelo delegado plantonista, Drº Hauy do 1º Distrito Policial de Lins e segue a disposição da justiça. Após os trâmites normais da justiça poderá ser encaminhado para uma unidade prisional da nossa região. Depois da conclusão das investigações e a tramitação jurídica, caso condenado, o mesmo já enfrentará a nova redação para o crime de feminicídio.

Em maio de 2021, o PL (projeto de lei) 1.568 de 2019, aumentou de 12 para 15 anos a pena mínima para o crime de feminicídio. O tempo máximo é de 30 anos. O texto também impede as saídas temporárias das prisões dos condenados por esse crime, transformado em hediondo pelo projeto.

O feminicídio é o assassinato de uma mulher motivado por sua condição de mulher. Difere de um roubo seguido de morte, por exemplo, quando o motivo do assassinato é o roubo.

Relembre o caso

A polícia de toda a região se mobilizou visando localizar Amarildo Rocha, de 28 anos, acusado de matar violentamente, sua esposa, Débora Cristina Moraes Costa do Amaral, de 41 anos. A ocorrência teria ocorrido no final da tarde de ontem, sábado, por volta das 18h41. Câmeras instaladas ajudaram a nortear o destino do mesmo.

Segundo consta, a vítima foi morta a pauladas pelo marido, dentro de sua própria casa, na Rua Regente Feijó, bairro Tsuda em Guaimbê (SP). Testemunhas relataram que o casal chegou na casa de forma exaltada, iniciando uma discussão. Os mesmos chegaram a ouvir a vítima gritando para que seu marido parasse, quando ouviram duas pancadas e a discussão parou.

Logo na sequência, avistaram o autor saindo da casa, pegando seu carro e fugindo tomando rumo ignorado. Os vizinhos ligaram para ambulância e para Polícia Militar que foram até o local e localizaram Débora já sem vida.

Nossa reportagem teve acesso ao Boletim de Ocorrência onde consta que a vítima, já em óbito, no quintal da frente da casa, apresentava ferimentos na cabeça, com características de pauladas, com muito sangue no chão.

Foi encontrado um grande pedaço de madeira ao lado do corpo, aparentemente de madeira utilizada em divisórias rurais, ou seja; grossa e pesada. A equipe de Perícia Criminalística da CPJ (Central de Polícia Judiciária) de Lins efetuou exame perinecroscópico no local.

Débora era muito querida na cidade de Guaimbê e por esta razão, inúmeras manifestações de amigos (as) e parentes foram registrados manifestando a revolta e pesar nas redes sociais. Uma delas chamou a atenção por colocar recompensa por qualquer informação que levasse ao autor. 

Mais uma mãe e guerreira que perece pelas mãos machistas sob o domínio da possessividade. Outra mulher e mais um ser indefeso que entra para a triste estatística de feminicídio, justamente no MÊS DA MULHER. O sepultamento dela ocorreu no final da tarde de ontem, domingo (5) por volta das 17H, no cemitério de Guaimbê, diante de lágrimas e muita comoção por parte de centenas de pessoas, amigos e familiares.

DIRETO DO PLANTÃO POLICIAL

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