Gradualmente a população mariliense começa a se mobilizar pelas vias legais na luta pelos seus direitos. Este é um fenômeno, despertado na população brasileira nos últimos anos, que cansou de sofrer as consequências da má gestão pública com o dinheiro do contribuinte.

Em Marília city, é um caso aparte, mesmo porque, a cidade ainda vive refém de um sistema que faz da prefeitura um balcão de negócios onde quem paga a conta é o iludido eleitor. Como já citamos em algumas matérias, esta é uma das mais fracas composições do legislativo de nossa cidade, aliás, pensamento este comungado por outros jornalistas e até mesmo vereadores mais experientes.

Prova disto é que, após aprovarem silenciosamente e sem qualquer contestação a venda do DAEM, os mesmos mais uma vez perderam a chance de se colocar do lado da população, desempenhando o papel de uma edilidade. Diante de outra medida para explorar o bolso do povo, uma ação de INICIATIVA POPULAR pode propiciar uma reviravolta na triste novela de instalação dos radares em nossa cidade.

Novo radar percebe quando você está usando celular – e te multará por isso  | Quatro Rodas

Novamente reiteramos o nosso posicionamento favorável a instalação, desde que com todo um processo de educação preliminar com multas educativas para os motoristas e mais, como já citamos, com um processo transparente do estudo realizado de cada local escolhido para instalação, enfatizando que em matéria recentemente publicada pelo NOSSO JORNAL, destacamos a economia ao se adquirir os referidos aparelhos de forma gradual para o município com o gerenciamento a cargo da própria emdurb, economizando cerca de R$ 5,6 milhões ao ano ou quase R$ 30 milhões ao final do contrato que poderia ser aplicado em outras áreas. Relembre;

Ação Popular com pedido de liminar já está nas mãos do juiz da Vara da Fazenda Pública de Marília, Walmir Idalêncio dos Santos Cruz.

Em meio a inércia de nossos legisladores de tribuna, uma Ação de iniciativa popular foi distribuída na última quinta-feira (9) no Fórum de Marília e encaminhada (via sorteio) para o juiz da Vara da Fazenda Pública de Marília, Drº Walmir Idalêncio dos Santos Cruz.

A Ação Popular, foi protocolada com pedido de liminar urgente para suspender imediatamente a instalação de 53 radares fixos e lombadas eletrônicas em Marília, foi ajuizada pelo advogado Luiz Carlos da Silva.

Conforme já citamos na matéria em supra, a Emdurb anunciou que pretende instalar 53 radares e lombadas em até 60 dias. O custo mensal para os recheados cofres da prefeitura municipal serão de R$ 467 mil reais, perfazendo um total de R$ 5.600 ao ano, totalizando quase R$ 30 milhões em cinco anos (prazo do contrato com a empresa Talentech, de Jaguaré (SP) que fica há mais de 400 quilômetros de Marília, fazendo lembrar o contrato com a concessionária vencedora do processo que envolveu a milionária zona azul da cidade.

Como destaque, o autor da ação pede ainda que o juiz determine uma multa diária em caso de descumprimento de eventual concessão de liminar, com o valor sendo definido pelo magistrado.

Curiosamente e de forma sábia, o pedido de suspensão imediata na ação vem assinada pela advogada Mariana de Oliveira Silva, e de encontro com o nosso raciocínio que prioriza a saúde do cofre municipal.

Como tal, ela justifica não haver necessidades de gastos tão elevados com esses equipamentos, apontando opções “mais eficientes e menos onerosas”, como lombo faixas (faixas de segurança elevadas) e solicita a realização de perícias técnicas em todos os pontos onde deverão ser instalados os equipamentos e estatísticas dos últimos cinco anos sobre índices de eventuais acidentes graves nesses locais, de forma que sejam avaliados o custo/benefício com a instalação dos equipamentos.

OPINIÃO: Outra alternativa importante seria a formação de uma comissão de vereadores para o acompanhamento, assim como também, de representantes de entidades e clubes de serviço, objetivando não só a fiscalização, mas o auxílio na formatação de um melhor planejamento no que diz respeito a implantação destes radares que influi diretamente na mobilidade urbana da cidade, que, não possui o plano de verdade contemplando motoristas, ciclistas, motociclistas, usuários do transporte coletivo e pedestres de todas as regiões. É só calçar a sandália da humildade, abdicar da ambição e priorizar a gestão eficiente.

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