Conforme já havíamos antecipado dias atrás em nosso perfil de redes sociais, faltava uma carta na mesa e que mudaria todo o cenário eleitoral deste ano.

Até o momento 12 pré-candidatos se apresentaram para a disputa do poder executivo em substituição ao prefeito Daniel Alonso, que não poderá concorrer, mas deixará um presente “maravilhoso” de mais de 1,5 bi de dívidas, travando praticamente a administração da cidade.

O ex-deputado federal, ex-deputado estadual e ex-prefeito de Marília, Abelardo Camarinha (MDB), teve o pedido de liminar negado pelo TJ (Tribunal de Justiça) no início desta semana. O tribunal paulista negou o pedido de tutela de urgência na ação rescisória dos direitos políticos de Camarinha.

Poderíamos entender que com a decisão, o político continua inelegível, se a eleição municipal acontecesse hoje, no entanto, nova ação foi apresentada pela assessoria jurídica de Abelardo Camarinha, que espera por nova medida judicial para reaver os direitos políticos dele, de olho no pleito de 6 de outubro.

Abelardo Camarinha agora reivindica a “realização de juízo de reconsideração para, em sede liminar, conceder a tutela de urgência e suspender os efeitos condenatórios do acórdão rescindendo”. Caso o TJ não acate o pedido, a assessoria jurídica de Camarinha solicita ainda que sejam remetidos os autos para apreciação colegiada do recurso interposto.

Abelardo divulgou Nota Oficial para dizer que mantém a “confiança na Justiça e na candidatura a prefeito”, adiantando que irá recorrer às instâncias superiores em Brasília.

A nota informa que a equipe jurídica do ex-prefeito inelegível, “liderada pelo renomado ex-ministro Admar Gonzaga”, irá aos “tribunais superiores em Brasília, incluindo o Superior Tribunal de Justiça (STJ) e o Supremo Tribunal Federal (STF)”. 

Fechando a nota, o ex-prefeito relatou aguardar com grande expectativa pelo resultado; “espero com grande otimismo em relação ao desfecho dessa batalha legal”. Os direitos políticos do mesmo foram suspensos em processo por improbidade administrativa (ato realizado por agente público que fere os princípios fundamentais da Administração Pública, como legalidade, moralidade e eficiência).

Para entender melhor, o ex-prefeito foi acusado de contratar funcionários sem concurso público e sem atender “as necessidades temporárias de excepcional interesse público, para auxiliar nos trabalhos de erradicação do mosquito-da-dengue”. ACREDITE SE QUISER.

Em um comparativo entre os momentos, o Brasil atingiu ontem, quinta-feira (29) a marca de mais de 1 milhão de casos prováveis de dengue em 2024. O número exato registrado é de 1.017.278 casos da doença no país. Os dados fazem parte do painel de monitoramento do Ministério da Saúde.

No ano anterior, essa marca só foi alcançada na semana epidemiológica 18, entre os dias 30 de abril e 6 de maio. Também já foram registradas 214 mortes devido à doença, com outras 687 sendo investigadas.

EM MARÍLIA, JÁ SÃO MAIS DE 2 MIL CASOS E MAIS 2 MIL SENDO INVESTIGADOS COM 4 MORTES SUSPEITAS. A CIDADE É DISPARADAMENTE A CIDADE COM MAIOR INCIDÊNCIA DO OESTE PAULISTA. Voltando ao raciocínio, se fosse hoje, talvez nem haveria condenação, pelo contrário, o mesmo seria parabenizado pelas medidas adotadas. ESTE É UM FATOR QUE PODE INFLUENCIAR EM BRASÍLIA.

Nossa reportagem manteve um contato com a assessoria do mesmo que nos enviou um áudio com uma fala enfática dele sobre o assunto; “DE UMA MANEIRA OU DE OUTRA ESTAREMOS NA DISPUTA DA ELEIÇÃO, SE NÃO FOR NO PLANO “A”, SERÁ NO PLANO “B”. O QUE NÃO PODEMOS FAZER É FICAR DE BRAÇOS CRUZADOS VENDO O QUE ESTÃO FAZENDO COM O POVO DE MARÍLIA. A POPULAÇÃO ESTÁ PEDINDO SOCORRO E NÓS MAIS UMA VEZ ESTAREMOS EM DEFESA DE NOSSA CIDADE”, complementou.

O PLANO B: Esposa Fabiana Camarinha pode ser a surpresa desta eleição dobrando com Dra Rossana Camacho

Mãe, esposa e braço direito de Abelardo Camarinha, Fabiana volta a despontar como o “nome da vez”, para disputar a prefeitura de Marília no próximo processo eleitoral.

Um balão de ensaio foi experimentado em 2020, mas na última hora, Abelardo mudou de ideia. No editorial deste jornalista na ocasião, o destaque foi justamente pela infeliz decisão, que acabou favorecendo a reeleição de Daniel Alonso com folga, mas com menos da metade dos votos válidos.

Fabiana Sanches Camarinha, é formada como Assistente Social e sempre foi uma das principais pilastras das campanhas eleitorais de Abelardo Camarinha e até de Vinícius Camarinha, seja na coordenação geral das equipes, ou como facilitadora em visita aos bairros, checando em loco as dificuldades de nossas comunidades. Sempre foi bem recebida nas ruas, becos e vielas por onde passou.

Grande incentivadora dos movimentos sociais, Fabiana sempre interagiu com entidades e clubes de mães, fortalecendo o debate de políticas públicas para as mulheres.

RACIOCÍNIO LÓGICO. Camarinha consegue transferir no mínimo 30 mil votos logo de saída. Pelo que apuramos o mesmo conta até o momento com o apoio de 5 partidos, algo em torno de 100 candidatos a vereador, líderes de bairro e demais segmentos.

Na realidade é uma boa parte da população insatisfeita que desejam por um fim no grupo de Daniel Alonso. Outra estratégia é que com 53% do eleitorado é feminino.

O raciocínio de Camarinha pode não estar errado e rapidamente ela pode se tornar a FAVORITA, mesmo contra os milhões da situação e o uso da máquina a favor do candidato de Daniel Alonso.

Cotada para ser a vice de Fabiana Camarinha, Dra. Rossana Camacho é conhecida pela atuação combativa e por importantes conquistas à causa. Delegada de polícia aposentada, possui um histórico invejável na luta pelos direitos das mulheres.

Ela é integrante do Conselho Estadual da Condição Feminina de São Paulo. Na década de 1980, antes de ingressar na carreira policial, Rossana já se destacava como advogada e professora universitária.

Em abril de 1987, após ter sido aprovada em concurso e participado da mobilização que garantiu a implantação da Delegacia de Polícia de Defesa da Mulher de Marília, ela se tornou a delegada titular do órgão, onde atuou por 25 anos, até se aposentar. Nesse período, atendeu dezenas de milhares de casos de agressão doméstica e violência sexual.

Em 1997, Rossana foi eleita a primeira presidente do Conselho Municipal dos Direitos da Mulher de Marília (CMDM), criado no ano anterior. Ela exerceu outros dois mandatos, de 2001 a 2004 e de 2007 a 2012.

Como delegada e presidente do Conselho, promoveu conferências, encontros e fóruns que culminaram na implantação de procedimento padrão de atenção às vítimas de violência sexual nos hospitais públicos da cidade. 

Sem dúvida, uma dobradinha de peso. Bem articulada, Fabiana Camarinha possui acesso livre as principais personagens da política estadial e nacional, com trânsito tranquilo em todos os gabinetes. Abaixo um momento com sua amiga particular, ex deputada Janaína Pascoal;

O efeito “Fabiana Camarinha” na disputa das eleições 2024

Em nenhum cenário até a publicação desta matéria, o nome da mesma aparecia como provável candidata. Pelo grupo oposicionista, o nome até então mencionado era o de Vinícius Camarinha ou Paloma Libânio.

Abrindo a possibilidade, pelo menos metade dos nomes apresentados até o momento desistirão automaticamente. Vereadores ou ex legisladores que só estão esquentando o nome para fortalecer a candidatura são casos considerados automáticos.

Vale lembrar que neste ano de 2024, ainda não será possível a realização de segundo turno. Com isto a disputa será no campo das ideias e do comprometimento com as necessidades do povo, principalmente da periferia, que depende de UBS’s, transporte público e uma boa rede de educação para os filhos.

Fabiana pode entrar para a história, como a primeira mulher a administrar a prefeitura de Marília, como os exemplos bem sucedidos de Suellen Rosin de Bauru, Tina Escorce de Pompeia, Márcia Aquiles de Guaimbê e outros exemplos.

Coincidentemente o anúncio acontece no início da semana da Mulher, relativo ao 8 de março (Dia Internacional das Mulheres), onde a nível nacional lembramos que o direito ao voto feminino no Brasil não foi resultado da afirmação dos direitos humanos de primeira dimensão – os direitos individuais como liberdade, direitos civis e políticos. Pelo contrário, foi efetivado apenas após muitas lutas e discussões jurídicas. A PARTICIPAÇÃO DA MULHER É DE FUNDAMENTAL IMPORTÂNCIA.

Se a igualdade de direitos políticos entre homens e mulheres começou a dar seus primeiros passos na década de 1920, os resultados efetivos ainda não parecem ter atingido um patamar compatível com a equidade almejada. É o que transparece quando comparamos o número de mulheres eleitoras com o de mulheres eleitas. Em nível nacional, segundo dados do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), as mulheres são 53% do eleitorado (82 milhões). No entanto, em 2022, o número de eleitas não superou 15%.

Outros vices cotados pelo que apuramos são; Eduardo Nascimento, Silvio Harada e o empresário Jean Patrick Baleche, o Garcia do povo. Resta agora aguardar os próximos trinta dias, que serão decisivos dentro dos prazos eleitorais.

Nossa reportagem tentou um contato com Fabiana Camarinha para falar a respeito, mas infelizmente não obteve sucesso. O espaço está aberto para sua manifestação.

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