A propaganda política é forma de captação de votos usada por partidos políticos, coligações e candidatos. A ideia é convencer o eleitor a votar em candidatos, partidos e propostas. As espécies de propaganda partidária e intrapartidária estão previstas no artigo 36§ 1º e § 2º, da Lei 9.504/97. A propaganda político partidária serve para a divulgação genérica e exclusiva do programa e da proposta política do partido, sem a menção de nomes de candidatos a cargos eletivos, exceto os partidários. É a difusão das imagens ao público em geral para viabilizar as finalidades essenciais e objetivos para prestar contas aos seus filiados.

Já estamos vivenciando desde o dia 16 de agosto, as propagandas eleitorais em rua, e à partir desta sexta feira (26), as mesmas estão liberadas em rádio e TV onde as regras são claras e devem ser seguidas. Neste período há os que perguntam se o candidato tem direito de mentir como no direito penal. Não se trata de um direito de mentir. No direito penal, há a necessidade de se respeitar o acusado e o seu direito de ficar calado.

Assim, em um estado democrático de direito e com a própria evolução da democracia participativa contemporânea, calcada na liberdade de expressão e de pensamento, o político pode até mentir. Mas o seu dever ético e moral é de dizer a verdade sempre e ir à imprensa para propagar apenas ideias, metas e propostas de forma legítima. A legislação brasileira não trata sobre a mentira na política expressamente, mas já há debates nesse sentido. Logo, não é crime mentir na propaganda eleitoral. Mas o tempo e as urnas dirão se valeu à pena mentiras e enganações em tempos de campanhas eleitorais. O país está mudando, e as redes sociais estão se colocando como uma ferramenta rápida e importante para combater os (as ) mentirosos (as ).

Os pesquisadores vêm tentando descobrir formas infalíveis de pegar mentirosos no flagra há muito tempo. O polígrafo, aparelho também conhecido como detector de mentiras, já esteve em alta. Hoje em dia, a aposta é na detecção de microexpressões, sinais quase imperceptíveis e involuntários que enviamos todo tempo quando estamos nos relacionando, e que dizem muito mais do que as palavras que saem de nossa boca. 

Usando as técnicas corretas, seria possível ler na face e no corpo sinais que contradizem o que está sendo falado. Mais uma vez, O JORNAL DO ÔNIBUS DE MARILIA foi a campo e trás com exclusividade e bíblia de combate aos mentirosos (as) não só neste período eleitoral, como também no dia a dia. Descubra abaixo alguns deles e fique atenta.

Veja 15 indicadores de que a pessoa está mentindo

“Mente aquele que diz que não mente”, é assim que o perito em detectar mentiras e professor do Behavior Analysis Training Institute – instituto que treina a polícia americana para detecção de mentiras -, Wanderson Castilho, começa a entrevista. Segundo ele, apesar do desprezo que todas as pessoas conservam pelos fatos que não condizem com a realidade, “quem nunca contou uma mentira?”.

Talvez mentir não seja tão incômodo quando ouvir uma inverdade; mais do que isso, em casos policiais saber a verdade é fundamental. Além do polígrafo – detector de mentiras que mede pressão arterial, batimentos cardíacos, temperatura do corpo e dilatação da pupila – Castilho diz que descobrir quando alguém está mentindo se baseia em analisar os sinais emitidos pelo corpo deste indivíduo, tarefa que uma pessoa comum é capaz de fazer, se souber no que deve prestar atenção.

“Quando conversamos, mantemos um padrão. Pode falar rápido, devagar, alto ou baixo, mas sempre em um padrão. Quando a pessoa começa a mentir, este padrão muda”, explicou. De acordo com o perito, o cérebro entra em um processo de criação. “Um exemplo é quando a namorada pergunta ao namorado: ‘você saiu ontem à noite?‘ e ele, mesmo entendendo a pergunta, responde: ‘o que?'”. Esta pausa é o tempo que o cérebro encontrou para pensar em uma resposta.

Desviar o olhar, falar com muitas justificativas, mexer mãos e pés de forma frenética, mudar o tom de voz, entre outros sintomas, são indicativos de um mentiroso. O psiquiatra e diretor do Instituto de Neurolinguística Aplicada, Jairo Mancilha, explica que o corpo sempre é mais fiel à verdade do que a fala. “A fala é criada pelo consciente, mas os sinais do corpo são provocados pelo inconsciente e a pessoa não consegue controlar”, disse ele.

“O cérebro não aceita a negação. É como: ‘não pense em vermelho’ e logo a pessoa pensa na cor vermelha. A mentira é uma negação à verdade que manifesta diversas alterações fisiológicas”, acrescentou o perito em identificar mentirosos. O psiquiatra Mancilha reforça que não existe regra, mas alguns sinais são um alerta de que o indivíduo está mentindo; confira 15 indícios abaixo.

Desviar o olhar – Quando a pessoa mente, geralmente, tem dificuldade em manter o contato ocular com naturalidade, de acordo com o psiquiatra e diretor do Instituto de Neurolinguística Aplicada, Jairo Mancilha.

Olhar muito fixamente – Indivíduos que têm conhecimento de que o desvio do olhar é visto como sinal de mentira, podem fixar de forma exagerada os “olhos nos olhos” da outra pessoa. “Pessoas verdadeiras tentam transmitir a verdade, as mentirosas precisam convencer o outro a acreditar na história criada”, afirmou o perito em detectar mentiras e professor do Behavior Analysis Training Institute, Wanderson Castilho.

Piscar – “Mentirosos tendem a dar piscadas mais longa”, disse Castilho. Como efeito inconsciente, o cérebro em uma atitude de recusa ao que a pessoa está dizendo, provoca estas piscadas em que os olhos permanecem fechados por mais tempo do que o habitual, explicou o perito.

Voz – “O tom da voz perde a congruência, a voz não fica tão firme, pode ficar trêmula, cortada e sem fluidez”, disse Mancilha. De acordo com Castilho, o tom de voz também pode ficar baixo e a fala ser projetada para dentro.

Mãos – Quando o organismo entra em estado de alerta, por nervoso ou ansiedade, a temperatura periférica tende a cair. Por isso, quando uma pessoa está mentindo pode ficar com as mãos e pés gelados, segundo Mancilha. Além disso, mãos trêmulas e agitadas também são indicadores da mentira, adicionou Castilho.

Pele – O nervosismo causado pelo ato de mentir pode alterar a cor e aparência da pele. “A pessoa pode ficar mais vermelha ou mais pálida”, afirmou Mancilha. A sudorese repentina é outra característica da situação, segundo Castilho.

Fala – “Quem está mentindo dá mais rodeios, muitas justificativas, fala demais”, caracterizou Mancilha. Quando alguém, que não tem o costume de ser prolixo, começa a demorar demais para chegar ao objetivo da conversa, existe chance de a história ser uma grande mentira.

Pausas – “A conversa está fluindo, de repente, um assunto faz a pessoa que está falando iniciar uma série de pausas na fala”, exemplificou Castilho. De acordo com o perito, os intervalos podem indicar que o cérebro está criando as próximas informações.

Mãos nos bolsos – As mãos nos bolsos é um sinal de que a pessoa está escondendo algo, de que está fechada a dar ou receber informações, disse Castilho. As palmas das mãos abertas e viradas para a pessoa com quem se fala já indicam um sentimento muito mais tranquilo e confortável em relação ao assunto da conversa.

Olhar para o lado esquerdo – Para pessoas destras, o lado esquerdo é o da criação, portanto, quando uma pessoa é indagada e move os olhos para a esquerda, pode estar com a intenção de criar uma resposta, ou seja, uma mentira, explicou Castilho.

Olhar para o lado direito – Já olhar para o lado direito não é indício de mentira. De acordo com Castilho, o lado direito é o da memória, por isso, quando uma pessoa olha para a direita antes de falar, significa que está buscando informações na memória.

Saliva – Quando o corpo entra em alerta, por uma situação de estresse – que se aplica durante um relato mentiroso – o corpo para de produzir saliva e a pessoa começa a “engolir seco”, disse Castilho. Isso varia de acordo com o nervosismo e tensão do mentiroso durante a fala, mas é comum que a boca fique seca, segundo o perito.

Coceiras – Outro sintoma da mentira é a coceira. O cérebro recusa a história falada e provoca estímulos que podem levar a mão à boca, ouvidos e cabeça. “É como se o cérebro transmitisse ‘eu não quero falar isso’, então a mão vai à boca; ‘eu não quero ouvir isso’, a mão passa pela orelha; ou ‘eu não concordo com isso’, e a pessoa coça a cabeça”, explicou Castilho.

Face – De acordo com Castilho, a estratégia de análise da face é bastante usada para identificar mentirosos. Segundo ele, fala e feição devem estar congruentes, quando isso não ocorre, existe algo errado. “Uma pessoa que conta um evento como ‘muito legal’ não pode estar com uma face de desprezo ou tristeza. Se estiver, significa que o que ela está falando talvez não seja verdade”, explicou.

Contraponto – Responder uma pergunta com a mesma pergunta pode significar que a pessoa está tentando arrumar tempo para inventar uma história. Morder ou lamber os lábios pode ser um forte indício de mentira.

Portanto, em mais este processo eleitoral será de fundamental importância você prestar a atenção nos sinais que delatam a pessoa que usa da mentira para conquistar o seu voto. Seja um fiscal, esteja atento e comece desde já o processo seletivo de bons candidatos, afinal, o efeito do voto dura quatro anos. OLHO NELES.

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