PERDERAM A OPORTUNIDADE. Na última sexta-feira (14), de forma merecida, a Câmara Municipal de Marília realizou sessão solene reconhecendo os relevantes e importantes serviços prestados pelo médico José Enio Servilha Duarte à população. Por indicação do vereador Luiz Eduardo Nardi (Podemos), foi conferido ao profissional especialista em saúde pública o título honorífico de Cidadão Mariliense.

Na área acadêmica, Enio Duarte foi docente do Departamento de Medicina Preventiva da USP e também atuou na disciplina de Medicina Preventiva e Social da Famema (Faculdade de Medicina de Marília), instituição da qual também foi diretor administrativo e presidente da Fumes (Fundação Municipal de Ensino Superior de Marília).

O médico chegou a ser secretário adjunto da Secretaria de Estado da Saúde, entre 1987 e 1990 e ocupou o cargo de secretário municipal da Saúde de Marília de 1997 a 2005.

Em 17 de outubro de 2017, Enio Duarte recebeu do então presidente da República, Michel Temer, o título de Comendador da Ordem do Mérito Médico, em reconhecimento aos relevantes serviços prestados ao País no exercício da medicina.

Essa introdução, que aparentemente nada tem a ver com a manchete, é para destacar que a administração municipal de Daniel Alonso / Cicero do Ceasa, que por sinal, nem compareceram à sessão, perderam uma grande oportunidade de ter uma aula de gestão em saúde com este que indiscutivelmente foi o melhor secretário municipal de saúde da história de Marília.

É inadmissível uma cidade com um orçamento de 1,5 bi de reais, faltar médicos nas unidades de saúde. Áreas essenciais como, por exemplo, ligadas a saúde mental em uma cidade que registra os maiores números de suicídios no estado de São Paulo. Sem contar na área de pediatria, clínica geral, ginecologia e outras.

Pior que isto, é nossa representatividade junto ao governo do estado de São Paulo. Duas cadeiras ocupadas no plenário da Alesp que até o momento estão disputando o poder político da instituição FAMEMA. O que já estava envia equipamentos, recursos e obras, mas não tem sensibilidade para chegar no paciente e checar que a real necessidade é material humano e humanização. Ao mesmo se faz necessário aprender a tirar o terno de político para vestir as dores do povo.

A recém-chegada, sequer fez uma visita em loco nas madrugadas para conversar com os pacientes, vistoriar a enfermaria, para como mulher, se sensibilizar e tomar as providências urgentes, para se evitar o que aconteceu no último final de semana. O problema não está só na cadeira da superintendência, mas nos quartos, corredores e macas. É inconcebível, uma instituição regional que já não tem leito suficientes para UTI infantil, estar carente de um médico-cirurgião. Este é o quadro da saúde em Marília que mescla a incompetência da gestão municipal com a falta de sensibilidade dos representantes da cidade junto ao governo do estado.

Estamos nos referindo ao caso do GIGANTE garoto Nikolas que viveu uma verdadeira e dolorida peregrinação junto com sua família na tarde do último domingo (16). Com dores na região abdominal, o menino foi levado até a UPA (Unidade de Pronto-Atendimento), da zona Norte, onde foi constatado o quadro de apendicite e a necessidade de cirurgia.

Após examinado, ficou constato que o mesmo estava com uma a apendicite, uma inflamação do apêndice e que se não socorrido a tempo por suporar e levar o paciente a uma septocemia. Decidiram a necessidade de cirurgia e que ele seria transferido para o HMI, no entanto não havia, pasmem, ambulância disponível, o próprio pai do menino, o empresário Jeferson José Aguiar da Silva efetuou o transporte.

Ao chegar ao HMI, o pai da criança foi informado que o nome do filho seria inserido no sistema para uma transferência para uma cidade na região para a realização do procedimento, isto porque, o hospital está há dois anos sem médico-cirurgião e até paga uma multa diária por esse motivo. Segundo as informações, a vaga não é preenchida, pois o salário oferecido é muito baixo.

Após aguardar por mais de 12 horas, com muito dor e lágrimas da criança, os familiares foram informados que o menino seria transferido para Bauru para realização do procedimento. Um risco eminente ocorrido neste último final de semana e que foi solucionada felizmente, na cidade de Bauru.

Nas redes sociais, é possível constatar a alegria dos pais, mas, ao mesmo tempo, a revolta pelo descaso com a qual estão sendo tratados os marilienses que necessitam de um atendimento médico via SUS. O discurso de humanização, foi só um discurso. O discurso de cristandade, foi só um discurso. O discurso da melhor saúde para os munícipes, foi só um discurso e que fique a lição. Na próxima eleição NÃO CAIAM EM DISCURSOS, pois já tem muita raposa velha se apresentando como salvadores da pátria, para prometer o céu, e oferecer a todos o sofrimento nas filas das unidades de saúde.

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