Estamos no início de mais um final de semana prolongado com 4 dias de paralisação dos serviços públicos e a consequente falta de atendimento ao munícipe. Principais áreas afetadas; saúde, infraestrutura urbana e segurança.

Nestes dias, normalmente a classe política não é encontrada, pois seus destinos variam entre resort’s luxuosos, praias paradisíacas ou nas mais lindas chácaras com piscinas e outros atrativos. Os mais comportadinhos se refugiam em seus protegidos condomínios com muros altos e seguranças 24 horas por dia.

A grande pergunta fica para a classe trabalhadora que em uma situação normal aproveita estes dias para lavar as roupas da família, limpar a casa e sentar no sofá, visto que Marília não possui nem uma atração para o lazer e entretenimento. Mas, o que estará fazendo este povo na atual conjuntura sem água na torneira? Como vivem? Do que se alimentam?

Imagem meramente ilustrativa

Já há mais de duas semanas, moradores de diversas regiões da cidade estão vivendo um verdadeiro drama com a falta de água em Marília. As regiões mais afetadas são a zona sul (pelo menos 4 bairros) que reclama a cerca de 10 dez dias e a zona norte (praticamente em todos os bairros) com intercorrência de aproximadamente 30 dias.

Na zona norte, segundo uma moradora, a água até chega durante a madrugada, mas a torneira seca durante o dia. Aos finais de semana a situação piora com a escassez por completo.

Na zona leste, o cenário, que se tornou público recentemente, continua a mesma. Segundo moradores, o líquido precioso chega nas primeiras horas do dia, diminuindo logo na sequência. O pior é que; quando aparece na torneira, se apresenta com uma coloração amarelada e fétida, conforme já relatada até em outros veículos de imprensa.

Nas redes sociais, é grande a quantidade de reclamações e principalmente de vídeos registrando pias lotadas de louças, tanques com baldes de roupas sujas e o pior; até pessoas xingando o prefeito.

“Vou resolver o problema da falta de água em Marília e não vou vender o DAEM”.

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Como um mestre em oratória, o prefeito eleito em 2016 que foi reeleito em 2020, realizou diversas reuniões com discursos enfáticos que resolveria o problema de falta de água em Marília e o mais importante, jamais venderia o DAEM, afinal, segundo suas palavras; “privatização cheirava a corrupção”.

Pois bem, passados 7 anos de uma administração pifia que só beneficiou o capital especulativo imobiliário, cá estamos de torneira seca, roupas amontoadas e mofando, tomando banho na casa de parentes e se alimentando quando é possível.

O discurso de perfuração de pelo menos dois poços profundos, sendo um na região norte e outro na sul, foi apenas palavras contidas em um discurso demagógico. A construção de reservatórios também não passou de promessas de campanha. Marília está acima do aquífero Guarani e NECESSITA DE POÇOS PROFUNDOS. É a única solução.

Porém, as prioridades da CAPITAL NACIONAL DOS RADARES É ARRECADAR MESMO. No que diz respeito a política de investimentos, todas as atenções se voltam para o gramado do Abreuzão, que irá consumir quase 5 milhões de reais ou, segundo dizem, réplicas de dinossauros para serem instaladas no bosque municipal, lugar este que poderia ser transformado em um mini-zoológico e deixar os tais bonecos para a iniciativa privada quando da instalação de um parque temático na cidade, explorando o turismo.

Mas, somos pequenos e esperamos apenas que sejam implantados os poços profundos que a cidade necessita. Para tanto, preparamos uma rápida explanação sobre o que foi feito em Marília e o que realmente precisamos no que diz a respeito a poços. Conheça as diferenças;

Entenda a diferença: conheça diferentes tipos de poços para captação de água e suas vantagens

Tipos de poços: poço caipira, poço tubular profundo semi artesiano e artesiano

Tipos de poços: poço caipira, poço tubular profundo semi artesiano e artesiano. Poço de água não é tudo igual: existem diferentes tipos com características de instalação, benefícios e desvantagens bastante diferentes. Entenda

Tipos de poços para captação de água

Existem duas categorias principais de poços: o poço simples e o poço tubular profundo. Dentro dos poços tubulares profundos, existem subtipos.

Poço simples

O poço simples é chamado também de poço comum, poço caipira, poço raso, cisterna, cacimba ou amazonas.

Seu nome mais comum é poço caipira. Ele é perfurado manualmente até o início do lençol freático, ou seja, até a primeira reserva de água próxima à superfície. Sua profundidade é, geralmente, de no máximo 20 metros.

Vantagem: é mais barato.

Desvantagens: sua água dificilmente é própria para consumo humano, uma vez que é muito mais fácil de se contaminar; pode secar em períodos com pouca chuva; a vazão não costuma ser alta.

Poço tubular profundo

O poço tubular profundo é considerado uma obra de engenharia, e precisa ser construído por profissionais registrados no CREA. Pode ter profundidades variadas, de 20 até 2.000 metros. No entanto, geralmente possui entre 80 e 600 metros.

Vantagens: a água é, geralmente, de boa qualidade e livre de contaminantes; maior chance de vazão alta.

Desvantagem: quanto mais profundo, mais cara é a operação e a manutenção; requer maior responsabilidade ambiental e sanitária.

Existem dois subtipos de poços tubulares profundos:

Poço semi artesiano

Poço semi artesiano é todo poço que precisam de conjunto de bombeamento para trazer a água até a superfície.

Esse tipo de poço geralmente capta água de lençóis freáticos, mas, ao contrário do caipira, os primeiros metros da reserva de água, sujeitos a contaminação, são isolados de forma que a água do poço seja captada apenas de reservas mais profundas e seguras.

A profundidade de poços semi artesianos costuma variar entre 20 e 60 metros.

Poço artesiano

O poço artesiano é assim chamado quando a água jorra naturalmente do solo, sem necessidade de um conjunto de bombeamento. Isso acontece raramente, em locais onde as condições geológicas fazem com que a pressão do solo leve a água até a superfície.

Poços tubulares de mais de 100 metros, que captam água de fendas rochosas profundas ou aquíferos, no entanto, também são frequentemente chamados de poços artesianos.

Tipos de perfuração de poços tubulares e profundos

Uma vez que os poços tubulares profundos podem captar água de fendas ou aquíferos,também podemos classificar os tipos de poços artesianos da seguinte forma:

Poço de formação rochosa – rocha consolidada ou cristalina

Poço tubular profundo perfurado em formações rochosas consolidadas, ou seja, em rochas cristalinas. É mais rápido e fácil de perfurar do que poços de formação sedimentar.

Poço de formação sedimentar – rocha inconsolidada ou sedimentar

Poço tubular profundo perfurado em formações rochosas inconsolidadas, também chamadas de sedimentares, como o aquífero Guarani ou Tubarão, por exemplo. Esse tipo de poço frequentemente exige o uso de filtros, por conta da característica instável da rocha inconsolidada.

Poço misto – rocha consolidada e inconsolidada

Poços tubulares profundos perfurados em rochas inconsolidadas e consolidadas, cujo resultado é uma captação de água mista, a partir de ambas as formações. É um tipo incomum de poço, pouco recomendado por conta de seus riscos.

Devido as inúmeras reclamações, DAEM divulga nota a respeito

O Departamento de Água e Esgoto de Marília (Daem) comunica que nesta quarta-feira, dia 6 de setembro, realizará a substituição do equipamento de bombeamento do Poço P4-Palmital. Esta troca será para retirar a bomba reserva, de menor potência, e instalar uma bomba nova, de maior potência e que permitirá bombear maior vazão do poço. Durante este período, o Daem solicita aos moradores da região do Palmital e de bairros próximos, que economizem água, uma vez que existe possibilidade de falta de água em determinados pontos daquela área da cidade. A estimativa é que os serviços de manutenção da rede sejam finalizados pela autarquia ainda na noite desta quarta-feira, dia 6.

Enfim, em uma operação que se iniciou na gestão do então prefeito Vinicius Camarinha, a concessão do DAEM é líquida é certa e a grande de dúvida é que se a situação realmente provém de um problema crônico ou está sendo criada para facilitar o entendimento do povo sobre a venda do autarquia, após anos de sucateamento. Como se diz rotineiramente; “criam dificuldades para vender facilidades”.

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