O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) disse que “ideologias” interromperam os esforços de integração entre países da América do Sul e aproveitou para criticar o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) por ter “levado o Brasil ao isolamento do mundo e do seu entorno”.

Na região, deixamos que as ideologias nos dividissem e interrompessem o esforço da integração. Abandonamos canais de diálogo e mecanismos de cooperação e, com isso, todos perdemos – disse Lula em discurso durante reunião com presidentes de países da América do Sul, na manhã desta terça-feira (30), em Brasília.

No Brasil, um governo negacionista atentou contra os direitos da sua própria população, rompeu com os princípios que regem a nossa política externa e fechou nossas portas a parceiros históricos. Nosso país optou pelo isolamento do mundo e do seu entorno. Essa postura foi decisiva para o descolamento do país dos grandes temas que marcaram o cotidiano dos nossos vizinhos – continuou.

O petista também se colocou como um “arauto da democracia”, mencionando ataques às instituições democráticas no Brasil e em outros países, chamando atenção ainda para o crescimento do discurso de ódio nas redes sociais.

O Mercosul ilustra regionalismo de abrangência. [Com Unasul] Nossa América do Sul deixou de ser apenas uma referência geográfica e se tornou uma realidade política. Infelizmente, esses avanços foram interrompidos nos últimos anos – declarou.

Militares chineses desembarcam no Brasil

Uma delegação de 20 militares chineses desembarca nesta terça-feira, 30, em Brasília. O grupo será recebido amanhã no Quartel-General do Exército.
Os integrantes da comitiva fazem parte da Universidade de Defesa Nacional da China e assistirão a palestras sobre os programas estratégicos desenvolvidos pelo Exército.

A comitiva é formada, em sua maioria, por oficiais-generais e cumprirá agenda também no Rio de Janeiro. A visita ao Brasil conta com a participação de militares chineses das três Forças Armadas e é coordenada pelo Ministério da Defesa, pela Aditância de Defesa da China e pela Embaixada da China, integrando a programação de atividades de intercâmbio promovidas entre os dois países.

Desconfiança dos EUA

A informação foi revelada pela colunista Roseann Kennedy, do jornal Estado de S. Paulo. Conforme a publicação, a visita poderia ser corriqueira, não fosse o clima de desconfiança por parte dos Estados Unidos.

Recentemente o Exército brasileiro deixou de chamar a China para participar de um seminário sobre doutrina militar no Comando de Operações Terrestres, também na capital federal. Ao tomar conhecimento da situação, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva determinou ao ministro da Defesa, José Múcio, que o convite fosse realizado. A postura é defendida por Celso Amorim, assessor especial do presidente para assuntos internacionais.

Brasil e China mantêm um acordo de cooperação bilateral assinado pela então presidente Dilma Rousseff e pelo ex-presidente chinês Hu Jintao que prevê “visitas mútuas” de navios e aeronaves militares. Na prática, significa que aviões e embarcações em missão de longo alcance podem fazer escala técnica em portos e aeroportos brasileiros.

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