Em Marília temos vereador que apresentou projeto criando o “dia do meteorito”, vereador que apresentou requerimento permitindo pavimentação asfáltica em condomínios particulares e também vereador que apresentou requerimento solicitando a demolição de poli-esportivos para transformar em condomínio de apartamentos. Não para por aí…

Se formos relatar na totalidade as ideias brilhantes que são apresentadas na maioria das sessões camarárias, faltaria espaço na telinha do seu celular ou notebook. Como sempre alertamos, esta é sem sombra de dúvidas a composição legislativa mais cara da história e infelizmente, a mais improdutiva.

Como se não bastasse a falta de criatividade e envolvimento com as causas e necessidades da população além da péssima administração do prefeito Daniel Alonso / Cicero do Ceasa, eis que surge mais uma marretada contra a população e de forma direta contra os comerciantes.

Antes de adentrar o “merecido recesso parlamentar”, os vereadores aprovaram um requerimento apresentado pelo vereador agente federal Junior Féfin limitando os horários e dias do comércio mariliense.

Pela proposta, o mesmo sugeriu reduzir atendimento até 13 h no dia 24 de dezembro e manter apenas dois sábados por mês com lojas 9h às 17h, mas abertura nos sábados seguintes ao quinto dia útil, como forma de acompanhar circulação de salários na economia.

A ideia que com certeza foi apresentada sem ouvir os representantes da categoria e tampouco os lojistas sobre uma decisão que prejudica em muito o movimento, justamente pela preocupação com a tradicional movimentação que ocorre sempre nas últimas horas, causou a revolta dos comerciantes que acionaram o sindicato que as representa. Confira a nota emitida.

Sincomércio contesta proposta da Câmara e pede ampliação de horários em lojas de Marília

O Sindicato do Comércio Varejista de Marília e Região (Sincomércio Marília) encaminhou à Câmara da cidade uma resposta com contestação a um requerimento aprovado pelo Legislativo com proposta para reduzir horários e manter limitado atendimento aos sábados em corredores comerciais da cidade.

O documento é encaminhado ao presidente da Câmara e responde um requerimento do vereador Osvaldo Fefin Vanin Júnior, o Agente Júnior Fefin. A proposta sugeriu reduzir atendimento até 13h no dia 24 de dezembro e manter apenas dois sábados por mês com lojas 9h às 17h, mas abertura nos sábados seguintes ao quinto dia útil, como forma de acompanhar circulação de salários na economia.

“Continuar limitando o funcionamento do comércio aos sábados e reduzir o horário no dia 24 de dezembro, justo dia em que as vendas são consideravelmente majoradas, implica em violar preceito norteador da ordem econômica do Estado, fundamento de uma sociedade constituída nos ditames democráticos”, diz a resposta do presidente do Sincomércio, Pedro Pavão.

O dirigente reforçou ainda um7 ofício já encaminhado para alterar o artigo 61, §2º do Código de Postura e permitir abertura em todos os sábados do mês das 9h às 17h.

O documento destaca que as vendas nos horários especiais impactam também a geração de empregos e a remuneração variável dos comerciários, com benefícios aos trabalhadores. Acesse o documento com a íntegra da manifestação do sindicato. Sobre o assunto o espaço está aberto para a manifestação do nobre vereador.

Caso se confirme decisão da direção da PF, vereador Féfin só poderá se candidatar a qualquer cargo eletivo se pedir exoneração da instituição com seu alto salário.

O diretor-geral da Polícia Federal, Andrei Rodrigues, durante entrevista coletiva Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

Coincidentemente, neste domingo (9) o diretor-geral da PF (Polícia Federal), Andrei Rodrigues, anunciou que o policial federal que se candidatar nas eleições será demitido e terá de cumprir uma quarentena de 2 anos para poder concorrer. O delegado falou que a proposta de regulamentação será enviada ao Ministério da Justiça e Segurança Pública sob a batuta de Flávio Dino, favorável a ideia.

A regulamentação atinge diretamente o parlamentar mariliense, pois, com a quarentena de 2 anos, nenhum policial federal em atividade poderia sair candidato nas eleições de 2024. Não haveria mais tempo. Mas, além disso, dificultaria demais que qualquer agente de segurança decida seguir para a política, pois teria de abdicar do emprego na corporação.

Salário Inicial de um Policial Federal

O salário inicial de um Policial Federal pode variar de R$ 12.522,50 até R$ 23.692,50, conforme o cargo e estão entre as melhores remunerações iniciais do funcionalismo como um todo, de acordo com levantamento feito pelo Painel Estatístico de Remunerações do Ministério do Planejamento.

No entanto, se por um lado os salários iniciais estão entre os melhores do funcionalismo público, a amplitude salarial, que corresponde à diferença percentual entre o salário inicial e o salário no fim da carreira, é de cerca de 30%. Ou seja: no fim de carreira é esperado que um policial federal chegue a ter um salário em média 30% maior do que o salário inicial.

Vale lembrar que para além do salário, há adicionais interessantes, como, por exemplo, a indenização de R$ 91 por dia de trabalho, para policiais federais lotados em regiões de fronteiras, que foi estabelecido recentemente pela Lei 12.855 de 2013. Essa indenização multiplicada por 22 dias úteis pode chegar ao montante de até R$ 2 mil por mês, aproximadamente.

Junior Féfin atua há 25 anos na instituição, ou seja, ele recebe um super salário, praticamente três vezes mais que um salário de vereador e praticamente equiparado ao salário do prefeito da cidade. Portanto, caso a regulamentação seja aceita, será uma escolha difícil para o vereador.

A função de agente da Polícia Federal exige jornada de 40 horas semanais, em tempo integral e dedicação exclusiva e está aqui a grande diferença, ou seja; a função de vereador não exige carga horária nenhuma, não precisa registrar ponto e o ocupante precisa comparecer pelo menos às sessões ordinárias, que duram em média 4 horas, às segundas-feiras. Tem assessoria e carro oficial com motorista à disposição para as atividades.

Embora seja uma regulamentação polêmica, em se tratando de BRASIL HOJE, tudo é possível e com isto, seria mais interessante o nobre edil com seus três assessores, buscarem projetos de maior relevância, como, por exemplo, a criação de uma lei municipal que possa punir motoristas causadores de acidentes em razão de rachas em avenidas.

Existem casos de mortes registradas, vítimas graves e motoristas que já deram “PT” em carros e motos, justamente pelas aventuras do volante em ruas da cidade. Uma lei que obrigasse os irresponsáveis a prestar serviços gratuitamente para o município será uma lei aproveitável e bem mais útil do que fechar as portas dos comerciantes que dependem da arrecadação extra destas datas para pagar, por exemplo, o 13º dos funcionários.

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