A CPMI de 8 de janeiro promete fatos e cenas importantes em seus próximos capítulos a se desenrolarem durante esta semana que se inicia no congresso nacional. Como algumas pessoas assistiram, visto que nem todos os veículos de comunicação tornaram as imagens públicas, o depoimento do chamado sombra de Lula, mexeu com as estruturas de Brasília e pode dar rumos diferentes para as investigações.

O ex-ministro de Lula que comandou o GSI, Gonçalves Dias, admitiu, na quinta-feira (22), em depoimento à Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do 8 de janeiro, da Câmara Legislativa do Distrito Federal, que houve manipulação de dados em relatório da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) enviado ao Congresso Nacional, abordando os alertas sobre a iminente ameaça dos atos extremistas contra prédios dos Três Poderes no DF.

No colegiado, o general conhecido com o “sombra de Lula” afirmou que o ofício original “não condizia com a realidade”.

A Abin respondeu [a solicitação do Congresso] com um compilado de mensagens de aplicativo, em que tinha dia e tempo, na coluna do meio o acontecido e na última coluna a difusão. Esse documento tinha lá “ministro do GSI”. Eu não participei de nenhum grupo de WhatsApp, eu não sou o difusor daquele compilado de mensagens. Então aquele documento não condizia com a realidade. Esse era um documento. Ele foi acertado e enviado – reconheceu.

A Abin enviou a Gonçalves Dias diversas informações de inteligência, via WhatsApp, entre os dias 2 e 8 de janeiro, de acordo com a Folha de S. Paulo. A comunicação entre eles foi omitida do relatório enviado ao Congresso.

Em entrevista ao canal Oeste, Deputado não descarta que caos do 8 de janeiro foi premeditado

Thiago Manzoni - deputado distrital - pl-df - 8 de janeiro

O deputado distrital Thiago Manzoni, do Partido Liberal (PL), foi o entrevistado da última quinta-feira, 22, do Oeste Sem Filtro. Ao participar do programa, ele falou sobre a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do 8 de janeiro, que ocorre na Câmara Legislativa do Distrito Federal.

Segundo Manzoni, não se pode descartar a possibilidade de o caos das manifestações do 8 de janeiro, realizadas na Praça dos Três Poderes, em Brasília, ter sido premeditado. Segundo o parlamentar, manifestantes infiltrados poderiam ter marcado presença com o único intuito de provocar tumulto. O que, na visão dele, pode ter ocorrido a partir de ação de gente ligada à esquerda.

“Eu não duvido que isso tenha sido algo proposital”, disse Manzoni, ao responder à pergunta do comentarista Rodrigo Constantino. “Eu não descarto nenhuma das duas possibilidades”, prosseguiu, ao falar sobre uma possível premeditação e da eventual presença de membros da esquerda.

O político do PL ainda endossou que uma série de “eventos facilitadores” ocorreu na capital federal na ocasião. Na manhã de 8 de janeiro, por exemplo, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva deixou Brasília e viajou para Araraquara (SP). Posteriormente, imagens mostraram a atuação do GSI (Gabinete de Segurança Institucional) da Presidência da República na data.

Com a divulgação de como o GSI agiu diante dos protestos, o então ministro-chefe do órgão, general Gonçalves Dias, pediu demissão.

CPI do 8 de Janeiro: deputado comenta depoimento de Gonçalves Dias

CPMI 8 janeiro
Foto: Agência Brasil

Na entrevista ao Oeste Sem Filtro, o deputado distrital Thiago Manzoni também falou sobre o depoimento de Gonçalves Dias, que foi à CPI do 8 de janeiro nesta quinta-feira, 22. Para o membro do PL, a participação do ex-ministro de Lula deixou a desejar. Segundo o parlamentar, o general não explicou a atuação do GSI no dia 8 de janeiro.

Se por um lado a grande e imensa maioria acredita que esta será mais uma CPMI a terminar em pizza, pois o governo Lula conseguiu emplacar a presidência, a relatória e a maioria dos integrantes, aos poucos os depoimentos podem comprometer a lisura, se transformando em uma faca de dois legumes e pressionando seus integrantes a realizarem um trabalho consoante a transparência que os brasileiros esperam.

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