Levantamento realizado pelo JORNAL DO ÔNIBUS DE MARÍLIA, mostra ainda que furtos recorrentes afetam população, empresas e instituições de serviços como escola e unidades de saúde. Veja também um alerta sobre os riscos da prática.

Poderia ter sido uma ocorrência corriqueira, mais uma nas centenas já registradas nas últimas meses. Ocorre que desta vez, não foi nenhuma invasão a uma casa fechada para locação ou salão abandonado. Na noite da última segunda-feira (24), a Prefeitura de Marília informou em nota sobre o aumento no número de furtos de fiação elétrica em prédios públicos, automaticamente prejudicando a população.

Por incrível que pareça, na mesma noite, uma nova ocorrência foi registrado, porém, com um teor de gravidade até então, nunca visto. Um servidor municipal foi rendido por criminosos e preso no banheiro de uma área de lazer do município conhecida como parque do povo, na zona sul da cidade. O objetivo era um só; o furto de fios de cobre.

O servidor, que não teve a identidade revelada, de 58 anos, relatou à Polícia Militar que foi rendido por dois criminosos. Um deles estaria armado com revólver e outro em posse de um alicate. O mesmo declarou que ficou amarrado no prédio localizado nas proximidades do Parque do Povo, na zona sul da cidade.  

Ainda conforme o B.O. não existem câmeras de monitoramento, dificultando a identificação dos meliantes. Segundo o levantamento realizado, foram roubados 17 carreteis de fios elétricos, cada um com cem metros, ou seja; 1.700 metros de fio de cobre. Segundo o boletim de ocorrência, a vítima contou que ao perceber que os criminosos tinham ido embora passou a gritar por socorro e foi solto por populares. Em seguida a polícia foi acionada. 

Febre de Furto de fios de cobre impacta na iluminação, fornecimento de água e outros serviços públicos.

Furto de fios de cobre prejudica mobilidade, e serviços essenciais como abastecimento de água; imagem de arquivo — Foto: Prefeitura de Divinópolis/Divulgação

Casos envolvendo furtos de fios e cabos de cobre têm se tornado recorrentes em Marília e várias cidades da região. A prática criminosa reflete em impactos para a população, empresas e instituições, escolas e unidades de saúde.

Nesta reportagem o JORNAL DO ÔNIBUS DE MARÍLIA, os riscos para quem furta e ainda alerta que comprar ou revender fios e cabos de cobre furtados também configura crime.

Crime arriscado

Fios de cobre em instalações subterrâneas são constantemente furtados; imagem de arquivo — Foto: Reprodução TV Integração

Fios de cobre em instalações subterrâneas são constantemente furtados; imagem de arquivo

O furto de cabos elétricos é uma prática perigosa. Quem comete o crime, muitas vezes não sabe que é grande o risco de acontecer acidentes com ferimentos graves, amputação de membros e podem até levar à morte.

“O cobre é um metal nobre e excelente condutor de energia elétrica. Ele é usado em altas tensões, principalmente quando se trata de uma instalação subterrânea. Até para manutenção feita por profissionais é necessário ter muito cuidado, imagina se o manuseio foi feito por pessoas sem conhecimento e sem a proteção devida? Certamente a pessoa pode sofrer choque elétrico durante o furto, o que pode levar até a morte”.

Alerta

Segundo a polícia, a maioria dos crimes ocorre durante a madrugada; por isso, é mais difícil a vítima identificar. Os fios são furtados para revenda, pois são materiais de valor. No entanto, comprar e vender também configura crime.

“Quem identificar alguém vendendo ou comprando deve acionar a polícia pelo 190. Ambas práticas são delituosas e passíveis de prisão”.

Ação da Polícia Civil

Abre

A Polícia Civil de Marília tem realizado operações periodicamente em alguns pontos de comercialização de ferro-velho e outros, objetivando investigar o mercado paralelo de compra e venda de cobre roubado na cidade, no entanto, a criatividade dos larápios é algo de sobrenatural e os furtos continuam.

Aumento significativo

“O valor pago pelo quilo aumentou mais de 100% nos recicladores e sucatas. Se antes esses locais da região pagavam em torno de 18 reais pelo quilo do material, agora ultrapassa os 40 [reais]”.

Combate ao receptador

As ocasionais prisões de indivíduos com algumas quantidades de fios são apenas a ponta do iceberg que envolve o crime, passando também por grupos especializados, receptadores e empresários que compram o material sem comprovação de origem.

Uma das grandes dificuldades para a Polícia é que o material quando é subtraído é dificilmente identificado. Salvo os específicos de telefonia ou das próprias concessionárias, o material não tem como ser identificado, pois a capa que envolve o cobre queima, impossibilitando o rastreio. Por isso o combate realizado à receptação do material sem comprovação. Para colaborar, ao constatar alguma movimentação estranha, próximo a sua casa, não hesite, denuncie pelo 190.

DIRETO DO PLANTÃO DE POLÍCIA

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