Hoje, quarta feira (14) é o dia mais triste para mais de uma dezena de famílias, mas, não é um dia comum, este, por enquanto, é o pior dia da história para os marilienses no que diz respeito a pandemia e as vidas que estão sendo ceifadas abruptamente, sem distinguir sexo, cor, religião, profissão ou status social.

Segundo o boletim de número 409 divulgado no final da manhã desta fatídica quarta feira, 12 óbitos foram confirmados, sendo que, existem ainda 5 casos suspeitos. De repente, de tanto cobrarmos o informativo acabou “atualizando” o numero de contaminados acusando apenas 162 casos novos desde o último sábado quando a contagem foi paralisada em 19.301 casos contra os 19.463 desta quarta feira, ou seja, com uma média de apenas 40 casos por dia, completamente fora da média geral.

A ideia não é polarizar uma discussão em um momento tão triste, mas, apenas chamar para um reflexão sobre os números que estão sendo divulgados e a realidade que estamos assistindo em frente a UPA da zona norte, PA Sul, e hospitais credenciados para o atendimento.

Desde já, reiteramos aqui as famílias enlutadas os nossos mais sinceros sentimentos e lembramos que em matéria publicada NO DIA 26 DE MARÇO, portanto, antes do famoso FERIADÃO DE SÃO PAULO, alertamos para o que poderia acontecer caso a administração não tomasse medidas restritivas como barreiras sanitárias, sanitização nas locais públicos e outras sugestões que foram acatadas e seguidas a linha em mais de 60 cidades do interior paulista de forma preventiva, onde, os gestores se preocuparam com sua população e a proliferação do vírus em larga escala com a consequente morte de muitas pessoas, como está ocorrendo em Marília. Relembre a matéria ;

Alertamos para o caos que poderia ocorrer e, com uma agravante, a preocupação com médicos da linha de frente de profissionais da enfermagem, que, pela exaustão física e mental, estão se afastando ou se exonerando de seus cargos, fora os que já estão contaminados.

Fica claro, que faltou um planejamento estratégico de ações de enfrentamento que poderiam ser amenizadas em um momento tão dramático para todos. Aumentaram-se os leitos, mas, as ações preventivas e profiláticas não foram adotadas. Não houve sequer um estudo prévio para o atendimento aos pacientes, transformando a UPA da zona norte e o PA sul em depósito de pacientes, se misturando com pacientes de outras especialidades e sintomatologias que acabam se misturando em meio ao descontrole total. Confira o vídeo abaixo com uma solução simples apresentada por este editor NO DIA 28 DE MARÇO sobre a questão;

O momento não é para politicalhas, ou discursos motivacionais de que “Dias melhores virão”, mas, de ação, pois, se algo não for feito imediatamente, mais vidas serão ceifadas. Agora, a ciumeira política ao nosso ver, tem que tirar férias até o ano que vem e, como já defendemos, todos sentarem em uma mesma mesa para discutir e buscar soluções. Nesta hora não está em jogo quem vai sair na foto ou quem é pai da criança, mas, QUANTAS VIDAS AINDA PODEMOS SALVAR. Confira abaixo o boletim 409 divulgado pela assessoria de imprensa da prefeitura e a extensa lista dos óbitos registrados nesta triste histórica manhã de quarta feira.

O primeiro óbito foi de uma mulher, de 57 anos, sem comorbidades, segundo notificação realizada pela UPA (Unidade de Pronto Atendimento) Norte. Ela iniciou sintomas no dia 30 de março, realizou exame para Covid com resultado positivo e deu entrada na UPA Norte dia 8 de abril, indo a óbito na segunda-feira, dia 12.

O segundo óbito foi de um homem, de 70 anos, com diagnóstico de doença cardiovascular crônica e diabetes mellitus, de acordo com notificação hospitalar. Ele começou a ter sintomas no dia 20 de março e fez exame para Covid com resultado positivo, sendo internado no hospital ABHU (Associação Beneficente Hospital Universitário) no dia 31 de março, indo a óbito nesta quarta-feira, dia 14 de abril.

O terceiro óbito foi de um homem, de 84 anos, com diagnóstico de doença cardiovascular crônica, doença neurológica crônica e diabetes mellitus, conforme notificação realizada pela UPA Norte. Ele teve início de sintomas no dia 30 de março e realizou exame para Covid com resultado positivo, sendo internado no hospital Santa Casa no dia 10 de abril, indo a óbito no último dia 12 (segunda-feira).

O quarto óbito foi de um homem, de 55 anos, com diagnóstico de hipertensão arterial. Ele iniciou sintomas no dia 28 de março, fez exame para Covid com resultado positivo e foi internado na Santa Casa de Adamantina no dia 5 de abril, indo a óbito no último dia 6.

O quinto óbito foi de uma mulher, de 74 anos, com diagnóstico de doença cardiovascular crônica e obesidade. Ela começou a ter sintomas no dia 22 de março, realizou exame para Covid com resultado positivo e foi internada no HC (Hospital de Clínicas) no dia 26 de março, indo a óbito nesta terça-feira, dia 13 de abril.

O sexto óbito foi de um homem, de 70 anos, com diagnóstico de doença cardiovascular crônica, segundo notificação hospitalar. Ele teve início de sintomas no dia 26 de março e foi internado no hospital Santa Casa no dia 31, indo a óbito na terça-feira, dia 13 de abril.

O sétimo óbito foi de uma mulher, de 67 anos, com diagnóstico de toxoplasmose, de acordo com notificação realizada pelo hospital. Ela iniciou sintomas no dia 21 de março, realizou exame para Covid com resultado positivo e foi internada no hospital Santa Casa no dia 31, indo a óbito na terça-feira, dia 13 de abril.

O oitavo óbito foi de uma mulher, de 48 anos, com diagnóstico de diabetes mellitus, conforme notificação hospitalar. Ela começou a ter sintomas no dia 4 de abril, fez exame para Covid com resultado positivo e foi internada no hospital ABHU, indo a óbito na terça-feira, dia 13.

O nono óbito foi de um homem, de 61 anos, com diagnóstico de diabetes mellitus, segundo notificação realizada pelo hospital. Ele teve início de sintomas no dia 19 de março, fez exame para Covid com resultado positivo e foi internado no hospital ABHU no dia 31 de março, indo a óbito na terça-feira, dia 13 de abril.

O décimo óbito foi de uma mulher, de 63 anos, com diagnóstico de doença cardiovascular crônica, conforme notificação hospitalar. Ela iniciou sintomas no dia 19 de março e foi internada no hospital ABHU no dia 24, indo a óbito nesta quarta-feira, dia 14 de abril.

O 11º óbito foi de um homem, de 48 anos, com diagnóstico de doença cardiovascular crônica segundo notificação realizada pelo hospital. Ele começou a ter sintomas no dia 26 de março, tendo feito exame para Covid com resultado positivo, sendo internado nesse mesmo dia 26 no hospital ABHU, indo a óbito nesta quarta-feira, dia 14 de abril.

E o 12º óbito é de um homem, de 76 anos, com diagnóstico de caquexia, de acordo com notificação hospitalar. Ele teve início de sintomas no dia 6 de abril, realizou exame para Covid com resultado positivo e foi internado no hospital Santa Casa no dia 9, indo a óbito na terça-feira, dia 13 de abril.

Mais um vez, O JORNAL DO ÔNIBUS DE MARÍLIA se solidariza solidariza com os familiares das 12 vítimas, e comunga em oração, por que é única coisa que nos resta fazer, pelos 193 internados e os quase 20 mil contaminados pela cidade com mais de 600 positivados em transmissão livre. Lamenta ainda, nenhuma ação mais expressiva de nossos governantes que pudesse resultar em resultados mais positivos como a PRESERVAÇÃO DE VIDAS QUE SE FORAM…

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