A taxa de indecisos é maior entre os mais jovens, de 16 a 24 anos (77%), entre eleitores com ensino fundamental (74%) e na região Sul (75%).

Dados da pesquisa DATAFOLHA, encomendada pela Globo e pelo jornal Folha de S. Paulo, divulgados na última sexta-feira (16) apontam que, a 16 dias da eleição, a grande maioria do eleitorado não sabe em quem votará para deputado estadual e federal.

Segundo o levantamento, os que ainda não têm candidato para a Câmara dos Deputados são 69%, enquanto 70% dizem não ter decidido o voto para as assembleias legislativas estaduais. A margem de erro é de dois pontos percentuais para mais ou para menos.

A taxa de indecisos é maior entre os mais jovens, de 16 a 24 anos (77%), entre eleitores com ensino fundamental (74%) e na região Sul (75%). Entre os que têm candidato a deputado federal (31%), a pesquisa indica que 14% dos eleitores escolheram votar em um candidato do mesmo partido ou da mesma coligação do candidato em que elas irão votar para presidente.

Os que dizem que irão votar em um candidato de partido ou coligação diferente da do candidato escolhido para presidente são 9%. Outros 7% não souberam dizer se o candidato a deputado federal é do mesmo partido ou coligação do candidato a presidente.

Entre os eleitores do ex-presidente Lula (PT ), 17% dizem ter escolhido um candidato a deputado federal de sua coligação ou partido, e 8% optaram por candidatos de coligações ou partidos diferentes.

Já entre os eleitores do presidente Jair Bolsonaro (PL), 17% dizem ter escolhido um candidato a deputado federal de sua coligação ou partido, e 9% optaram por candidatos de coligações ou partidos diferentes.

A pesquisa ouviu 5.926 pessoas nos dias 13 e 15 de setembro em 300 cidades brasileiras. A margem de erro é de dois pontos para mais ou para menos. Ela está registrada no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) com o número BR-04099/2022.

A REALIDADE DE MARÍLIA : Cidade poderá novamente ficar sem representantes em Brasília e com a mesmice na assembleia legislativa.

Na politica não tem jeito, somos obrigados a enfrentar a frieza dos números e a insensatez do eleitor que na hora de votar pode sim surpreender. No jargão popular costumamos dizer que eleitor é como bunda de nenê ou cabeça de juiz, você nunca sabe o que vai sair.

Realidade seja dita, se recordarmos o último processo eleitoral realizado em 2018 quando o número final de brancos, nulos e abstenções surpreendeu até os mais pessimistas de plantão, as previsões são altamente preocupantes. Apenas para lembrar, a cidade nunca registrou tantos eleitores faltosos em um primeiro turno para eleições presidenciais. Pelos dados oficiais, 23,21% dos 171.704 eleitores não foram votar – ou seja, quase 40 mil pessoas.

Os dados constam nos arquivos do TSE ( Tribunal Superior Eleitoral) que os registra desde 1994, quando o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB) foi eleito pela primeira vez. Na ocasião, os dados da cidade de Marília apontam que apenas 11,9% do eleitorado da cidade não compareceu às urnas para escolher deputados estaduais, federais e governadores, além do mandatário do país. De lá para cá os números estão em um crescimento assustador, demonstrando a insatisfação do eleitor (a).

Pela ordem cronológica, no ano de 1998 houve um aumento para 17,5% de abstenções na cidade e em 2002, quando o ex-presidente Luís Inácio Lula da Silva (PT) subiu a rampa do Palácio da Alvorada, o percentual caiu para 16,9% na primeira rodada.

No entanto no ano de 2006, o índice voltou a subir e se iniciou a escalada que persistiu pelo menos até o último pleito em 2020, apesar da pandemia que acabou afastando muita gente das urnas eleitorais. Os ausentes no primeiro turno em Marília somaram 17,6% naquela ocasião; 18,2% em 2010; e 21,1% em 2014.

Em 2016 os marilienses que não votaram somaram 23,61% do eleitorado e como já citamos, no ano de 2018, 23,21% dos 171.704 eleitores não foram votar – ou seja, quase 40 mil pessoas.  Sem dúvida um percentual que pode tranquilamente ajudar a eleger um deputado DA CIDADE.

De uma forma mais especifica, o eleitor deixou um recado bem claro para os postulantes ao cargo de deputado estadual. Entre os marilienses que foram ate suas seções eleitorais, 6,21% votaram em branco e 6,78% votaram nulo. Apenas 87,01% foram válidos.

Para deputado federal não foi muito diferente, os votos considerados inválidos foram 7,34%, no caso dos brancos, e 7,87% nos nulos. Válidos foram 84,79%, sendo que, quase 70 mil votos foram destinados a forasteiros e paraquedistas de outras cidades e até de outras regiões do estado. Pior que isto, é constatar que muitos foram eleitos e sequer enviaram uma emenda para cidade, aliás, nem um muito obrigado pelas redes sociais.

Até parece uma sina. Os de fora que foram eleitos com votos da população de Marília nada contribuíram e os que pelo menos se identificam como sendo da cidade, se omitiram em momentos importantes, como por exemplo quando da implantação de radares em toda a região, penalizando os moradores e apenas enchendo o cofre da prefeitura.

O que acontece em Marília não é um aborto da natureza ou um fato atípico que possa retratar a imagem desgastada da classe politica mariliense. Segundo pesquisas, o desinteresse do brasileiro pelo voto cresce de forma lenta, gradual e consistente, sobretudo no Sudeste e nas maiores cidades do País.

Este fenômeno está já sendo chamado de “alienação eleitoral”, e trata-se da soma das abstenções passiva ( quando o eleitor deixa de comparecer à votação ) e ativa ( o total de brancos e nulos ). O processo parece irreversível, tanto é que, de 2006 a 2018, por exemplo, o índice saltou quase oito pontos porcentuais nas eleições presidenciais e passou de 18% para 25%. Isso pode mudar toda uma história e influenciar diretamente no resultado da eleição. Realidade seja dita, o eleitor está cansado de fazer papel de bobo.

Apenas para titulo de credibilidade das informações acima, os dados foram coletados pelo Instituto Votorantim em bases da Justiça Eleitoral e sintetizados no estudo Alienação Eleitoral no Brasil Democrático, obtido com exclusividade pelo Estadão/Broadcast.

Para deixar os candidatos de cabeça quente podemos trabalhar com os dados do último processo eleitoral (2020 ) quando apuradas: 466 de 466 pontos de votação, do total de votantes, 6.849 eleitores (5,45%) votaram em branco, enquanto outros 9.699 (7,71%) anularam o voto. O número de eleitores que não votou foi de 53.185, equivalente a 29,73% do eleitorado. A soma de brancos, nulos e abstenções é de 69.733, ou 38,98% dos aptos a votar..

O que estamos a repassar é simples; “Se levarmos em conta os números oficiais que apontam Marília com 204 mil eleitores, podemos deduzir que uma média de 25% do eleitorado não irá sair da sua casa. Isto em uma previsão otimista, onde suponhamos que a alienação eleitoral do mariliense dê uma caída em função da importância das eleições deste ano. Ainda de forma positivista soma-se 10% de votos nulos e brancos. EUREKA.

Chegaremos então a 35% de eleitores, digamos em processo de alienação do voto. Dos 204 mil eleitores, poderemos então realizar a subtração e constatarmos que teremos somente pouco mais de 132 mil votos válidos. Faltando somente duas semanas para eleição, deste total, cerca de 91 mil, tomando como base os cálculos do instituto Datafolha, ainda estão sem candidatos para deputado federal e estadual. Portanto, apesar deste número eleger tranquilamente um a dois deputados federais, dependendo da legenda e até 3 estaduais, também dependendo da sigla, somos categóricos em dizer que, corremos o risco novamente de repetir a façanha de doar dezenas de milhares de votos para candidatos de fora que trabalham e investem maciçamente em marketing de imagem, com bandeiretes, adesivagem de veículos locados e ampla panfletagem.

O que falta é a conscientização do eleitor, que não pode deixar se iludir por campanhas milionárias de grupos politicos interessados somente em manter o status quo e claro, o SISTEMA. Por um outro lado, infelizmente temos ainda, com algumas exceções, candidaturas imaturas, despreparadas e preocupadas apenas em “se dar bem financeiramente”. Outros, apenas esquentando o nome para as eleições de 2024. NADA MAIS QUE ISTO SENHORES E SENHORAS.

MARILIA MERECE O MELHOR, portanto, muita calma nessa hora. Não fuja do seu compromisso de cidadania. Nenhum político vai mudar nossa cidade, mas você eleitor ou eleitora tem esse poder. Pesquise o histórico de cada candidato. Não acredite em sorrisinhos e tapinhas nas costas, mas sim em quem lhe apresenta projetos e soluções viáveis, com palavras concretas. TEM MUITA GENTE FALANDO BESTEIRA POR AÍ…APENAS COM INTERESSE NOS MILHÕES QUE UMA CADEIRA OFERECE. EM VERDADE LHES, DIGO; DE FALÁCIAS, O INFERNO ESTÁ CHEIO…VASSOURA NELES “

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