SEM DIÁLOGO. Essa é maneira democrática, social e humanitária com a qual a administração Daniel Alonso / Cicero do Ceasa trata a população de Marília quando se trata de reivindicações. Independente do setor e até mesmo com o funcionalismo público, o modus operandi é o mesmo; se tranca no gabinete com ar condicionado e frigo-bar e em casos extremos, escala alguém da assessoria para receber uma pequena comissão.

O Fato voltou a acontecer na manhã desta tera-feira (11) quando comerciantes e proprietários de box instalados no camelódromo de Marília realizaram uma manifestação pacífica, solicitando um posicionamento por parte da administração municipal.

A recepção retratou mais uma vez a maneira democrática e o envolvimento desta administração com as causas populares. Além de não descer até o paço municipal para conversar com os manifestantes, como faz, por exemplo, a prefeita de Bauru Suéllen Rosim, o mesmo simplesmente acionou a polícia militar para proporcionar o comitê de Boas-vindas.

No sentido de até auxiliar ambas as partes objetivando o bem-estar de todos, o JORNAL DO ÔNIBUS DE MARÍLIA chegou a publicar uma matéria no último domingo (9) apontando algumas alternativas viáveis e que poderiam pelo menos momentaneamente resolver a situação até que houvesse uma decisão final sobre o assunto, visto que a decisão da justiça está prestes a vencer o seu prazo. Recorde a matéria;

A determinação foi clara para que a Prefeitura de Marília realoque os comerciantes para um local “apropriado, compatível e seguro”, porém até agora, nenhuma providência foi tomada. Como a especialidade desta administração é o marketing, até uma placa foi instalada em frente ao paço municipal, tentando amenizar os ânimos dos manifestantes. Pífia ideia.

É bom lembrar que o problema não é hoje, ou seja; trata-se de mais uma herança de administrações anteriores. Esta ação civil pública foi movida pelo Ministério Público em 2010. Conforme os promotores, o “camelódromo não tem infraestrutura para funcionar e prestar um atendimento seguro aos consumidores.

Apenas para recordar, em 2021 a empresa Alex Henrique Cruz Eirelli foi contratada pela Prefeitura Municipal, em um valor de R$ 581.671,95 para “fornecimento de material e mão de obra para implantação de projeto técnico de segurança contra incêndio no Camelódromo/Terminal Urbano”, conforme consta na placa instalada no final da tarde de ontem. A obra, que deveria ter início em 18 de novembro de 2021, com 180 dias de prazo para execução, nunca foi iniciada. Por esta razão, o ministério público ao constatar o descaso, não pensou duas vezes.

A grande questão é saber como ficarão os quase 200 comerciantes desamparados e sem qualquer alternativa para manter o sustento de suas famílias. Existem casos de comerciantes que ali se instalaram desde a criação do camelódromo, ocorrida em 1991 no final da turbulenta administração do saudoso prefeito Domingos Alcalde.

Lamentável a atitude da administração municipal sob a batuta de Daniel Alonso / Cicero do Ceasa que sequer cogitam um diálogo sem intermediários para discutir alternativas. Em pensar que em 2024 teremos um novo processo eleitoral e tradicionalmente o local é explorado exaustivamente pelos políticos para captação de apoiadores.

A situação é emblemática, pois segundo as exigências solicitadas pela representante da justiça, as providências que devem ser tomadas pela administração municipal para que o “camelódromo” volte a ter condições de uso pelos comerciantes e pelo público devem ser; “a regularização das instalações elétricas para afastar riscos de incêndio e explosão; a obtenção de Auto de Vistoria do Corpo de Bombeiros (AVCB); a entrega de projeto elétrico de baixa tensão e a conclusão das obras; além da capacitação de brigada de incêndio no local, melhorias estas de responsabilidade da Prefeitura.

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