Dia destes o conceituado jornalista Rodrigo Víudes publicou uma matéria importantíssima destacando os números do mapa da fome na cidade com um status de bilionária, mas onde pelo menos um em cada quatro de seus habitantes depende de programas sociais e iniciativas solidárias para ter o que comer na mesa. É incrível, mas é a pura verdade.

Recordando o jargão que muitos falam nos bares e lanchonetes espalhados pela cidade, “MARÍLIA É A CIDADE ONDE A MAIORIA COME CHUCHU E ROTA CAVIAR”. A cidade é constituída em sua imensa maioria de operários (as) que dependem de um péssimo serviço de transporte público para se deslocar ao trabalho comandado por uma classe empresarial entrosada e que impõe um salário padrão, nivelando sempre pelo mínimo. Prova é que a realidade agora vem a tona.

“Mapa da Riqueza” da FGV é um alerta para a desigualdade de renda

Na segunda quinzena de fevereiro, pouco antes do carnaval, a Fundação Getúlio Vargas (FGV) divulgou uma pesquisa chamada “Mapa da Riqueza”, na qual o objetivo principal era identificar onde se encontram os mais afortunados do país, considerando as mudanças em relação à renda após a pandemia de covid-19. Para realizar o levantamento, a instituição mapeou os fluxos de renda e estoques de ativos dos brasileiros com os dados do último Imposto de Renda disponível.

Embora alguns veículos de imprensa tenham destacado apenas a informação no ranking das 677 localidades brasileiras com mais de 50 mil habitantes, o papel do JORNAL DO ÔNIBUS DE MARÍLIA, enquanto um portal de notícias com um padrão sério e independente que prima pela imparcialidade ao publicar os fatos e informações, buscou reproduzir o que realmente consta no site da conceituada fundação sem qualquer maquiagem e contemplando também as cidades com menos de 50 mil habitantes.

Fato é que, a referida Fundação Getúlio Vargas divulgou um estudo atualizado sobre o mapa da riqueza ou onde estão os mais ricos do Brasil, com um estudo sobre todos os 5.570 municípios brasileiros, segundo informações retiradas do Imposto de Renda da Pessoa Física.

Apenas a título de curiosidade, no ranking nacional, a cidade com mais ricos é badalada Floripa. Florianópolis (SC), se posiciona hoje, no primeiro lugar no mapa, com R$ 4.145 de renda média mensal por habitante, e a com menos ricos ou a com mais pobres é Matões do Norte (MA) com R$ 27 de renda média mensal por habitantes. Isto é uma vergonha !

A terra da garoa, capital de nosso estado, vem em segundo lugar (R$ 4.063 de renda média por habitante). Há destaques para outras cidades em diferentes regiões, no entanto, estamos focando somente na microrregião de Marília, formada por 13 municípios circunvizinhos (muito próximos),

Marília como sempre é a líder em número de habitantes, disparado na frente de todos os outros, com seus cerca de 238 mil moradores segundo os últimos dados do IBGE. A mesma é seguida de Garça (50 mil), de Pompeia (30 mil) e Vera Cruz (15 mil). Os outros nove municípios possuem menos de 10 mil habitantes: Gália, Oriente, Echaporã, Álvaro de Carvalho, Lupércio, Ocauçu, Alvinlândia, Oscar Bressane e Fernão (esse último com menos de 2 mil habitantes).

No entanto, tamanho não é documento. Surpreendentemente, a vizinha cidade com mais ricos da microrregião é Pompeia, com renda média mensal por habitante de R$ 2.671,28 (32º cidade com maior renda média no ranking nacional e 15º do ranking estadual), seguida então por Marília, com renda média de R$ 1.839,32 (126º do Brasil e 42 do Estado).

Em terceiro lugar vem uma cidade com apenas 10 mil habitantes, Echaporã. A renda média por habitante é de R$ 1.484,91, como a 291ª melhor cidade do Brasil e 99ª de São Paulo. Já a cidade com menor renda média da microrregião de Marília é Álvaro de Carvalho, também com cerca de 10 mil habitantes. A renda média mensal por habitante é de R$ 320,71, a classificando como a 3213ª cidade brasileira e 622ª cidade paulista em renda média por habitante.

Os dados do Imposto de Renda Pessoa Física (IRPF) gerados pela Receita Federal do Brasil (RFB) permitem captar a renda dos mais ricos brasileiros, que os dados de pesquisas domiciliares tradicionalmente usados em estudos sobre pobreza e desigualdade não demonstram. A renda média por habitante considera as declarações de menor a maior valor, criando um valor médio, indicativo do volume de riqueza acumulado por toda a população e dividido entre o número total de habitantes, de todas as idades, criando uma noção per capita da riqueza ou renda produzida em determinada localidade.

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