Com a atualização, o Brasil ultrapassou 270 mil vítimas da doença causada pelo novo coronavírus

Conforme previsão de médicos especialistas, o Brasil vive o pior momento da pandemia com milhares de vidas ceifadas, e em Marília a realidade não é diferente. Seja por ineficácia da administração municipal ou por irresponsabilidade de muitas pessoas, a realidade é que, o colapso no sistema de saúde não pode ser ocultado. Aumentam os números de vítimas diariamente e as mortes, em muitas situações acabam ocorrendo antes mesmo de chegar aos cuidados de uma UTI, com as vítimas morrendo nas filas que se formam.

O Conass (Conselho Nacional de Secretários de Saúde) confirmou nesta quarta-feira (10) mais 2.286 mortes por cocid-19 —o maior aumento diário em toda a pandemia. Isso representa uma morte confirmada a cada 37 segundos no Brasil. O recorde era desta terça feira (9), quando 1.972 óbitos entraram na contagem.

Com a atualização, o Brasil ultrapassou 270 mil vítimas da doença. Ao todo, 270.656 brasileiros morreram em decorrência da infecção pelo novo coronavírus. O país tem a segunda maior contagem de mortes pelo vírus em todo o mundo, atrás somente dos Estados Unidos. O Conass também registrou mais 79.876 casos, totalizando 11.202.305.

No final da manhã de ontem (10), ou seja, numero que será alterado daqui a pouquinho, a Prefeitura de Marília, por meio da Secretaria Municipal da Saúde, confirmou mais sete mortes por Covid-19, chegando a 228 óbitos pela doença no município. Um recorde diário registrado na cidade.

Marília bate recorde diário e mortes e as previsões são as piores possíveis para os próximos dias.

O primeiro óbito foi de uma mulher, de 84 anos, com diagnóstico de doença cardiovascular crônica, diabetes mellitus e HAS(Hipertensão Arterial Sistêmica), segundo notificação realizada pelo hospital. Ela iniciou sintomas no dia 24 de janeiro e foi internada no hospital ABHU dia 3 de março, onde realizou coleta de exame para Covid, que confirmou resultado positivo, indo a óbito na segunda-feira, dia 8 de março.

O segundo óbito foi de um homem, de 50 anos, com diagnóstico de diabetes mellitus, HAS e obesidade, segundo notificação realizada pelo hospital. Ele começou a ter sintomas dia 6 de março e foi internado nesse mesmo dia no hospital ABHU, tendo realizado coleta de exame para Covid com resultado positivo, indo a óbito nesta segunda-feira, dia 8.

O terceiro óbito foi de uma mulher, de 57 anos, com diagnóstico de diabetes mellitus, HAS e IAM (Infarto Agudo do Miocárdio) prévio, de acordo com notificação realizada pelo hospital. Ela foi internada dia 6 de março no hospital ABHU, onde realizou coleta de exame para Covid, que confirmou resultado positivo, indo a óbito nesta segunda-feira, dia 8.

O quarto óbito foi de um homem, de 46 anos, com diagnóstico de doença cardiovascular crônica e diabetes mellitus, segundo notificação realizada pelo hospital. Ele foi internado dia 20 de fevereiro na Santa Casa de Marília, onde realizou coleta de exame para Covid com resultado positivo, indo a óbito nesta terça-feira, dia 9 de março.

O quinto óbito foi de um homem, de 68 anos, com diagnóstico de doença cardiovascular crônica e diabetes mellitus, de acordo com notificação realizada pelo hospital. Ele foi internado dia 23 de fevereiro na Santa Casa de Marília, onde realizou coleta de exame para Covid, que confirmou resultado positivo, indo a óbito nesta terça-feira, dia 9 de março.

Já o sexto óbito foi de um homem, de 63 anos, com diagnóstico de diabetes mellitus, segundo notificação realizada pelo hospital. Ele foi internado dia 17 de fevereiro no hospital ABHU, tendo realizado a coleta de exame para Covid, com resultado positivo, indo a óbito também na terça-feira, dia 9.

E o sétimo óbito foi de uma mulher, de 49 anos, com diagnóstico de Imunodeficiencia/Imunos supressão e IRA (Insuficiência Renal Aguda), segundo notificação realizada pelo hospital, sendo internada no Hospital de Clínicas dia 8 de março, tendo realizado exame para Covid, que confirmou resultado positivo, indo a óbito no dia de ontem, quarta-feira, dia 10.

A exemplo de Marília, o Brasil segue na contramão das nações mais afetadas pelo coronavírus até então, como os Estados Unidos. O país, vê a segunda onda da pandemia cada vez mais fora do controle nos quatro cantos do país. Apesar disso, o governo municipal e o governo federal preferiram não adotar medidas mais rígidas de restrição de circulação como forma de diminuir o contágio do vírus.

Lockdown e toque de recolher em todo o território brasileiro foram recomendados pelo Conass (Conselho Nacional de Secretários de Saúde) em 1º de março, mas nada foi feito em caráter nacional. O grande exemplo foi de Araraquara, que, após o fechamento total conseguiu reduzir em 35% os casos de transmissão.

Em Marília, a falta de medidas mais eficazes que foram praticadas em outras cidades com sucesso comprovado começa a surtir os efeitos negativos, com a clara demonstração da falta de controle da pandemia que poderá ceifar ainda mais vidas na cidade. A única iniciativa, é simplesmente fechar “algumas lojas comerciais” gerando falências e desempregos. Não existe um plano municipal envolvendo prefeitura, associação comercial e outros órgãos de permeiem a preservação da vida, mas, ao mesmo tempo o apoio a economia da cidade neste momento tão difícil.

A não implantação de barreiras sanitárias no terminal urbano e rodoviário, sanitização nos principais corredores comerciais com grande fluxo de pessoas, tuneis de higienização na entrada do terminal urbano, distribuição de máscaras em pontos estratégicos da cidade e uma fiscalização mais rigorosa em comércio e região periféricas com apoio da policia militar entre outras são ideias que poderiam ter auxiliado em muito a redução dos casos, mas, infelizmente a clara falta de iniciativa custa agora a dor de muitas famílias.

Marília já ultrapassou 15 mil casos, ou seja, em números exatos com 15.084 casos confirmados. 2477 casos aguardam resultados. 228 óbitos confirmados com 2 suspeitos e 281 casos em transmissão com 122 pessoas internadas.

De acordo com boletim da Fiocruz (Fundação Oswaldo Cruz), 25 capitais estão com a taxa de ocupação de UTIs no patamar considerado zona de alerta crítico, com mais de 80% dos leitos para covid-19 ocupados. Delas, 15 já atingiram mais de 90%. Em Marília em região o cenário ainda é pior, pois, 100% dos leitos de UTI para covid-19 estão ocupados. Se for necessário transferir alguém para uma unidade de tratamento intensivo será transferido a centenas de quilômetros daqui, levando a um sofrimento ainda maior seus familiares. O único conselho a ser dado; OREM….

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