A General Motors (GM) decidiu paralisar parte de sua produção na fábrica localizada em São José dos Campos (SP). A medida valerá por 10 dias e deve afetar ao menos 2.700 trabalhadores.

Segundo o sindicato da categoria, a parada vai ocorrer entre 12 e 23 de junho, com retorno agendado para o dia 26. Essa paralisação vai atingir operários que produzem a picape S10 e outros veículos.

Esse período de braços cruzados, chamado de dayoff, será remunerado e, posteriormente, compensado. Além da picape S10, a fábrica também produz o modelo utilitário Trailblazer, bem como motores e transmissões.

O Conexão Política tenta contato com a assessoria de imprensa da GM para comentar o assunto, mas não tinha recebido retorno até a última atualização desta reportagem. O espaço segue aberto.

Hurb demite 400 funcionários após governo suspender venda de pacotes flexíveis

Um dia após a Secretaria Nacional do Consumidor (Senacon), vinculada ao Ministério da Justiça, ordenar a suspensão das vendas de pacotes pela agência de viagens Hurb, a companhia deu início a um processo de demissão de ao menos 400 colaboradores.

A debandada fez a empresa perder 40% de sua equipe total. Publicações no LinkedIn, rede social corporativa, mencionam desligamentos em diversas áreas, como gerentes de operação, programadores e designers.

Em nota, o Hurb declarou que a movimentação faz de parte de uma “readequação de seu quadro de colaboradores, além de outras ações que visam à redução de despesas”. A agência frisa que “está promovendo mudanças em todas as suas áreas” e lamenta as decisões tomadas.

No final de abril, o então CEO, João Mendes, renunciou ao cargo, dando espaço a Otavio Brissant, que era conselheiro-geral, após inúmeras queixas de clientes e hotéis por problemas e prejuízos com pacotes de viagem.

“O Hurb reconhece que as decisões são difíceis e lamenta ter que adotá-las, mas reforça que todas são necessárias para que a empresa possa atravessar a situação atual e volte a operar regularmente em conjunto com os seus colaboradores, prezando pelo melhor interesse da companhia, de seus consumidores e parceiros”, diz o comunicado.

Grande empresa brasileira pede falência e demite 2.500 funcionários

Em um momento de incertezas econômicas e desafios crescentes, uma grande empresa brasileira anunciou que está pedindo falência. A Mobra, que tem 42 anos de atuação nos mercados do Rio Grande do Sul e de Santa Catarina, decidiu fechar as portas. Contudo, a decisão afetou a vida de 2.500 funcionários.

Nos últimos anos, outras grandes empresas brasileiras também enfrentaram dificuldades financeiras e tiveram de adotar a recuperação judicial, como a Itapemirim e a Ricardo Eletro. Contudo, em alguns casos, as empresas não foram capazes de melhorar a sua situação e tiveram que decretar falência. 

A falência da empresa

A Mobra é uma empresa de segurança que presta serviços para bancos, companhias e instituições públicas. A empresa contava com uma dívida de R$ 15 milhões e atrasos salariais.

Além disso, a companhia apontou a concorrência desleal e os impactos da pandemia como as principais razões para a crise. De acordo com o comunicado emitido aos funcionários, a empresa destacou a concorrência desleal.

Entre os pontos estavam os preços muito abaixo do mercado e os impactos da pandemia como razões para a crise, que levaram a um endividamento insustentável.

Com o pedido de falência, a Mobra pretende liquidar as demais dívidas, incluindo as trabalhistas, dando a esperança desses ex-funcionários receberem seus direitos e benefícios adequados.

O que acontece agora?

Após o pedido de falência, o processo passará por várias etapas legais. Entre as etapas está a investigação da situação financeira da empresa, o levantamento da massa falida e a liquidação de bens para pagar os credores.

Para os funcionários, a falência resulta na rescisão de todos os contratos de trabalho. Como a rescisão segue o modelo da demissão sem justa causa, eles têm direito a receber saldo de salário, aviso prévio indenizado, décimo terceiro proporcional, férias proporcionais, entre outros benefícios trabalhistas.

Além disso, eles também têm direito ao seguro-desemprego, que não é afetado pela falência da empresa. Em suma, os primeiros pagamentos são destinados às despesas administrativas e, em seguida, aos créditos trabalhistas, que são limitados a 150 salários mínimos por cada trabalhador. 

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