Fase atual, que permite o funcionamento de estabelecimentos até 21h, permanecerá em vigor até o dia 13 de junho. Na segunda-feira (24), estado ampliou capacidade máxima do comércio de 30% para 40%.

O governo de São Paulo recuou e desistiu de liberar o funcionamento do comércio até as 22h a partir de 1° de junho, como tinha sido anunciado pela gestão João Dória (PSDB) na semana passada.

Com a mudança, o estado continuará na atual fase de flexibilização, que autoriza lojas, shoppings, academias, salões de beleza e restaurantes a operar até 21h. A capacidade máxima de funcionamento do comércio, que também tinha a previsão de ser ampliada para 60% no próximo mês, seguirá em 40%.

A medida permanecerá em vigor até o dia 13 de junho, e ocorre após o estado registrar aumento no número de internações, que voltou a ficar acima dos 80%, e de casos do coronavírus. Pelo novo cronograma, a ampliação de horário e capacidade deve ser liberada a partir de 14 de junho.

“Os indicadores da pandemia recomendam cautela neste momento e é cautela que nós estamos adotando”, afirmou o governador João Doria em coletiva de imprensa nesta quarta (26).

Segundo o diretor do Centro de Contingência do Coronavírus, Paulo Menezes, a elevação dos casos da doença fez o comitê revisar a recomendação e orientar o estado a não avançar nas flexibilizações.

“Tivemos essa avaliação de que não seria ainda o momento de avançar como havia sido pensado na semana passada. […] Houve um aumento na incidência de casos, estávamos com 370 casos por 100 mil a cada 14 dias, hoje temos 418 casos por 100 mil, um aumento de 10% nessa incidência. Um aumento no número de internações é mais discreto, felizmente”, defendeu Menezes.

Cronograma de flexibilizações do governo de SP — Foto: Arte/G1

Fase de transição

Desde segunda-feira (24), o comércio foi autorizado a elevar a capacidade máxima de 30% para 40%. Na prática, porém, não há lei, multa ou fiscalização para verificar esse percentual. O estado de São Paulo está, desde 18 de abril, na chamada “fase de transição” do Plano São Paulo, que regula o funcionamento dos setores da economia.

Esta fase, criada para representar uma etapa transitória da fase emergencial, a mais rigorosa da quarentena, não leva em consideração os indicadores da da pandemia no estado. Se índices como taxa de ocupação de leitos fossem levados em conta, a maior parte da população do estado estaria na chamada fase vermelha.

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