Sem qualquer tipo de jornalismo barato e sem a intenção de criar um sensacionalismo em cima de uma situação tão deprimente, nos confrontamos hoje com mais uma triste realidade que envolve e preocupa toda a população de Marília. Além do coronavírus que está contaminando centenas de pessoas diariamente das mais diversas formas, agora já estamos convivendo com um verdadeiro caos do mosquito transmissor da dengue, o aedes aegypti que está novamente sobrevoando a capital do biscoito ou da bolacha, como queiram.

Informações extra oficiais direcionam já para mais de 1000 casos registrados, com uma média de mais de 330 casos por mês. Apenas para recordar, no ano passado, a cidade vivenciou uma epidemia de dengue, com 1.599 registros da doença e duas mortes. Agora há o risco de um quadro ainda pior em 2021, e que já registrou uma morte.

Em 2019 o quadro também foi epidêmico, com 2.989 pessoas contaminadas. Entre 2016 e 2018 o mosquito Aedes aegypti não representou uma ameaça maior. Porém é bom relembrar o trágico ano de 2015, quando o município passou pela maior epidemia de dengue da sua história, com 16 mil casos suspeitos, embora nem todos tenham sido confirmados (pelo grande volume de pacientes). Naquele ano houve pelo menos 20 atestados de óbito.

Nas unidades de saúde, é grande o número de pacientes sintomáticos que acabam se misturando aos pacientes contaminados pelo Covid-19 e, com isso a bolha do caos no sistema de saúde se torna cada vez mais evidente.

Dentro de nossa tradicional imparcialidade, não estamos aqui a transferir a responsabilidade somente para a administração municipal, que peca por não realizar mutirões de limpeza e desenvolver parcerias inteligentes para limpeza e capinação de locais públicos, ruas e praças, mas, direcionamos também uma parcela de culpa de boa parte da população que acaba não se conscientizando da necessidade de limpeza de terrenos baldios e dos próprios quintais para se evitar a proliferação do mosquito

Na manhã de ontem, uma equipe de uma empresa terceirizada realizou pulverização na parte baixa do Jardim Virginia, região do Jardim Bandeirantes, na zona oeste de Marília, onde, segundo os próprios profissionais, já haviam sido detectados cerca de 30 casos na região em uma nuvem que vem desde o Jardim Aeroporto / Novo Horizonte na zona leste até chegar do outro lado da cidade, ou seja, a situação é grave e pode piorar ainda mais com a previsão da meteorologia para chuvas nos próximos dias.

CADA VEZ PIOR : Cidade registra mais 7 óbitos, mas continua com a divulgação do número de contaminados em OFF.

No final da manhã desta terça feira, mas, uma manhã fúnebre invadiu o lar de quase um dezena de famílias, sem contar a dor e o sentimento de amigos, conhecidos e companheiros de trabalho. Desde o último sábado o número de contaminados que crescia abruptamente foi congelado no boletim, onde somente o número de óbitos e internações é alterado.

Segundo o boletim 408 divulgado pela assessoria de imprensa da Prefeitura de Marília, por meio da Secretaria Municipal da Saúde, mais sete mortes por Covid-19 foram confirmadas, chegando a 378 óbitos pela doença no município desde o inicio da pandemia.

Assusta o número de internações com 193 casos e o ainda o acumulo de pacientes na UPA da zona norte e PA da zona sul sem qualquer medida mais arrojada da administração como por exemplo, centralizar o atendimento de pacientes de Covid em um só lugar com diversos locais já sugeridos pelo JORNAL DO ÔNIBUS DE MARILIA, objetivando inibir o contato entre as pessoas, mas, no entanto, o nosso grito apenas ecoa no deserto.

O primeiro óbito foi de uma mulher, de 72 anos, com diagnóstico de HAS (Hipertensão Arterial Sistêmica). Ela iniciou sintomas no dia 4 de abril e realizou exame para Covid com resultado positivo, dando entrada na UPA (Unidade de Pronto Atendimento) Norte no dia 7, indo a óbito no dia 9 (sexta-feira).

O segundo óbito foi de um homem, de 77 anos, com diagnóstico de doença cardiovascular crônica. Ele começou a ter sintomas no dia 22 de março e fez exame para Covid com resultado positivo, sendo internado no hospital Santa Casa no dia 30, indo a óbito no último domingo, dia 11 de abril.

O terceiro óbito foi de uma mulher, de 67 anos, com diagnóstico de diabetes mellitus. Ela realizou exame para Covid com resultado positivo e deu entrada na UPA Norte no dia 4 de abril, indo a óbito no último dia 10 (sábado).

O quarto óbito foi de uma mulher, de 78 anos, com diagnóstico de doença cardiovascular e diabetes mellitus. Ela iniciou sintomas no dia 18 de março e fez exame para Covid com resultado positivo, sendo internada no HC (Hospital de Clínicas) no dia 28, indo a óbito no último dia 9 de abril (sexta-feira).

O quinto óbito foi de um homem, de 60 anos, sem comorbidades. Ele realizou exame para Covid com resultado positivo e foi a óbito em domicílio no último dia 6 de abril.

O sexto óbito foi de uma mulher, de 82 anos, com diagnóstico de doença cardiovascular crônica e diabetes mellitus. Ela iniciou sintomas no dia 11 de março, tendo realizado exame para Covid com resultado positivo. Foi internada no hospital ABHU (Associação Beneficente Hospital Universitário) no dia 12 de março e foi a óbito na segunda-feira, dia 12 de abril.

E o sétimo óbito foi de um homem, de 38 anos, com diagnóstico de doença cardiovascular crônica. Ele começou a ter sintomas no dia 26 de março e fez exame para Covid com resultado positivo, sendo internado no hospital ABHU no dia 5 de abril, indo a óbito nesta segunda-feira, dia 12.

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