O fato ocorreu a exatos 446,8 quilômetros distantes de Marília, no entanto, serve de alerta para uma cidade que registra constantes números de furto qualificado ( quando há o arrombamento ) em suas unidades básicas de saúde justamente pela falta de vigilância. Segundo nosso correspondente na grande São Paulo, doses de vacina contra a Covid-19 foram furtadas da UBS Parque Reid, em Diadema.

Segundo a prefeitura da cidade, a ausência do imunizante foi percebida na sexta-feira (22) pela gerente da unidade, quando as providências foram tomadas no sentido de se localiza-las.

Em nota publicada no site da prefeitura de Diadema, gestão José de Filippi (PT), a SMS (Secretaria Municipal da Saúde) afirma que a unidade não registrou nenhum tipo de invasão externa com arrombamento. “O local onde as vacinas estavam tem chave e o acesso é restrito a funcionários.” A UBS tem 70 funcionários.

“A SMS repudia a atitude que prejudica aqueles que estão na linha de frente do enfrentamento a pandemia e se coloca à disposição das autoridades para os devidos esclarecimentos necessários”, afirma a nota.

O furto foi registrado em Boletim de Ocorrência, e a SMS abriu processo administrativo para investigar o sumiço. No texto, a pasta afirma também que solicitou reforço do monitoramento da unidade pela GCM (Guarda Civil Municipal).

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A distribuição das vacinas na cidade, segundo a prefeitura, foi feita de acordo com a elaboração de listas nominais que indicavam, com dados como CPF, os profissionais da saúde que atendiam os critérios para o recebimento da vacina.

De acordo com o boletim da SES (Secretaria de Estado da Saúde), Diadema já registrou 12.473 casos de Covid-19 e 512 mortes.

Em nota, a SSP (Secretaria da Segurança Pública) afirma que o 1º DP de Diadema investiga o caso.

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Segundo o Consórcio ABC, Diadema recebeu 4.480 doses da Coronavac para imunizar profissionais da saúde que atuam na linha de frente do atendimento a pacientes com Covid-19.

Esta é uma possibilidade que até então não havia sido cogitada. Embora, os indícios direcionem para um delito cometido por um funcionário ou algum paciente que tenha entrado na unidade, existe agora uma preocupação das muitas vacinas que serão distribuídas nas unidades básicas de saúde em todo o país.

O desespero das pessoas é tão grande para se imunizar contra o vírus que, não se descarta a possibilidade de atentados contra alguns prédios. A cidade de Marília, por exemplo, é uma séria candidata justamente por ter retirado os vigias de cada unidade.

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