Mais uma empresa entra na Justiça com pedido de autofalência. Confira qual é a real situação dessa empresa do setor alimentício.

Após passar por processo de recuperação judicial, a empresa brasileira Produtos Alimentícios Nacionais (Pan)famosa por criar os chocolates em formato de cigarros — solicitou à Justiça seu pedido de autofalência, comprovando assim que, após tentativa, não conseguiu quitar suas dívidas e se recuperar financeiramente.

A empresa, que possui sede em São Caetano do Sul (SP), durante o prazo para tentativa de recuperação, declarou que “lutaria de pé até o último instante”, mas os novos acontecimentos mostram que não obteve sucesso.

A Pan pretendia um prazo maior para tentar se recuperar, porém, prazo foi recusado pelo administrador judicial. A seguir, confira mais detalhes sobre a atual situação da empresa de chocolates.

Depois de lutar por recuperação, Pan solicita autofalência

A Pan Produtos Alimentícios foi criada em 1935 e fez parte da infância de milhares de brasileiros. Famosa, principalmente, por comercializar os “cigarros” de chocolate e por criar o primeiro chocolate ao leite diet do país. Também criou as balas paulistinha, as moedas de chocolate, o chocolápis e o pão de mel, um dos itens mais queridinhos da marca — muitos deles vendidos até hoje.

Com um quadro totalizando 52 funcionários, a Pan conta com uma dívida de R$ 260 milhões. Após o fim do prazo de tentativa de Recuperação Judicial, que se iniciou em março de 2021, a empresa pediu mais 90 dias. No entanto, a justiça negou o pedido.

Ao se ver sem saída, a Pan declarou autofalência. “Imperiosa será a concessão de do derradeiro prazo (90 dias), sem o qual não haverá outra alternativa, senão desde já requerer a decretação da autofalência continuada”, alegou a empresa.

Segundo o advogado da Pan, Alvadir Fachin, a companhia já enfrentava dificuldade financeira desde 2002, a qual vinha lutando para superar. Com a chegada da pandemia da COVID-19, as coisas ficaram ainda mais difíceis.

Nessa época, um plano de reestruturação já estava em andamento, mas foi prejudicado. “Houve um período de paralisação das atividades. Não tivemos Páscoa em 2020 e 2021″, lamenta Fachin, em entrevista concedida ao portal GQ, quando foi procurado para dar informações sobre o pedido de autofalência.

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