UM CAOS. É assim que podemos definir a segurança na cidade de Marília. Não é incomum passar pela praça São Bento, Avenida das Indústrias, Avenida Brasil e outros locais e testemunhar a olho nu, cenas abertas de uso de drogas. Isto quando você consegue passar sem ser abordado ou roubado a qualquer hora do dia. O que dirá se passar no período noturno.

No mesmo caminho, segue o registro de ocorrências de furto simples ou qualificado e roubos com um aumento assustador. O mariliense não tem mais segurança. Um conjunto de ações se faz necessário para pelo menos tentar amenizar a criminalidade.

Para tanto, A MARÍLIA CENTENÁRIA, abriu o ano de 2024 apresentando o Projeto Tolerância Zero para a violência. Algo que se assemelha ao mesmo implantado em Nova York, porém com adequações a nossa realidade e moldado dentro de um conjunto de ações de inclusão social. Antes se faz necessário explicar dois tópicos;

O que é a teoria da tolerância zero?

A política de tolerância zero proíbe as pessoas em posições de autoridade de exercer discrição ou alterar as punições para se adequarem subjetivamente às circunstâncias; eles são obrigados a impor uma punição pré-determinada, independentemente das circunstâncias atenuantes ou história.

O que é a teoria da anomia?

De acordo com a teoria da anomia, o crime se origina da impossibilidade social do indivíduo de atingir suas metas pessoais, o que o faz negar a norma imposta e criar suas próprias regras, conforme o seu próprio interesse

Não são apenas os países em desenvolvimento que enfrentam há décadas problemas graves de segurança urbana. Nos anos 1980 e 1990, a violência também atingiu índices alarmantes em metrópoles dos Estados Unidos. Para superar o que foi caracterizado como “epidemia de crimes”, cidades como Nova York e Chicago adotaram a política de tolerância zero.

O sistema baseou-se no princípio da repressão inflexível a crimes menores para promover o respeito à legalidade e promover a redução de crimes. O modelo divide opiniões nos Estados Unidos sobre sua efetividade e consequências relacionadas ao aumento da população carcerária e a casos de abuso policial.

Em Nova York, os assassinatos diminuíram 61% e a prática de crimes em geral caiu 44%, depois da aplicação da política iniciada em 1994, durante o mandato do então prefeito Rudolph Giuliani. A iniciativa aumentou o policiamento ostensivo nas ruas e as punições a contravenções e crimes menores, como não pagar transporte coletivo ou consumir bebidas alcóolicas nas ruas.

A tolerância zero também foi chamada de choque de polícia. Neste formato, autoridades policiais podem agir de maneira discricionária, para coibir a atividade criminal.

“Janelas Quebradas”

O conceito que deu origem ao modelo de segurança pública tolerância zero foi a teoria das Janelas Quebradas, um texto publicado em 1982 pelo cientista político James Q. Wilson e o psicólogo criminalista George L.Kelling, na revista Atlantic Monthly.

O argumento dos autores considera um prédio com algumas janelas quebradas. Eles defendem que, se elas não forem reparadas, a tendência é que os vândalos quebrem mais algumas janelas.  Eventualmente, o prédio pode até mesmo ser invadido se estiver desocupado, como efeito do aspecto de depredação.

Os autores usaram essas imagens para explicar que a criminalidade pode aos poucos se infiltrar em uma comunidade, provocando sua decadência e destruição. Para os dois autores, se uma janela quebrada não for imediatamente consertada, as pessoas que passam pela rua podem pensar que ninguém se importa com o local e, portanto, não há um responsável ou autoridade para manter a ordem.

A premissa das janelas quebradas é: “Pequenas desordens levariam a grandes desordens e, mais tarde, ao crime”.

Essa teoria sustentou políticas de segurança pública em diversas cidades. Além de Nova York, Chicago e Houston também tiveram modelos de “choque de segurança”.

Críticas

Os críticos também argumentam que a diminuição da violência em algumas cidades teve muito mais relação com o aumento da quantidade de jovens com acesso a empregos e melhoria de renda do que com a aplicação de um choque de segurança, por si só. Outro aspecto condenado pelos críticos é o fato de que esse formato alimenta padrões rígidos e moralistas de comportamento em populações diversas.

“O modelo Marília”

Não se faz necessário dizer que nossas realidades são bem diferentes em relação aos americanos, porém algumas medidas ao serem adotadas de acordo com o nossa equipe, irá em muito diminuir a criminalidade na capital nacional dos radares. Vamos à elas;

  •  IMPLANTAÇÃO DA GUARDA MUNICIPAL

É inadmissível uma cidade com quase 250 mil habitantes não possuir uma guarda municipal de apoio a polícia militar. Por muitos a necessidade está escancarada, mas a falta de empenho e vontade política sepultam a ideia a cada mandato. Cidades como Lins, Ourinhos, Araçatuba e tantas outras são exemplos da eficácia.

Pelo número de prédios públicos e a vulnerabilidade dos bairros e região central, se faz necessário em um primeiro instante de pelo menos 200 homens (devido a escala de 12 por 36) com um número de viaturas suficientes para cobrir as 5 regiões da cidade e com armamento específico para a ação dos mesmos.

  • IMPLANTAÇÃO DAS BASES COMUNITÁRIAS DE SEGURANÇA

A ideia não é nova. Esta já foi uma política de ação da própria Polícia Militar do Estado de São Paulo. A base coloca o policiamento mais próximo da população e oferece uma sensação de segurança muito maior para os moradores, além de preocupação para a bandidagem.

  • CRIAÇÃO DE UM AMPLO PROJETO SOCIAL PARA JOVENS

Este sem dúvida é o carro chefe de nosso projeto do Tolerância Zero. Tratasse do lado social de combate a violência com ações diretas com os jovens, que hoje são os principais alvos dos traficantes para trabalharem como recrutas do tráfico. Este projeto estaremos apresentando oficialmente em breve.

  • AMPLIAÇÃO DAS CÂMERAS DE MONITORAMENTO DA CIDADE.

A cidade possui hoje uma importante central de monitoramento, mas que precisa sem ampliada em pelo menos 100% com uma cobertura maior em pontos críticos da cidade.

  • IMPLANTAÇÃO DO BOTÃO “ROUBO NÃO”.

Os comerciantes hoje vivem uma incógnita quando o assunto é segurança. A principal dúvida do empreendedor é saber se ele vai chegar ao final do dia sem ser assaltado. Com o botão roubo não sendo acionado diretamente a central de monitoramento, a ação da polícia se tornará mais rápida, acabando por inibir a ação dos bandidos.

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