A revitalização consiste na refuncionalização estratégica de áreas dotadas de patrimônio, ou seja, de objetos antigos que permaneceram inalterados no processo de transformação do espaço urbano, de forma a promover uma nova dinâmica urbana baseada na diversidade econômica e social

Novamente voltamos a frisar que esta página não possui fins políticos, mas objetiva discutir políticas públicas para a cidade. A ideia inicial foi criar uma ONG para discutir o centenário da cidade, mas devido a muitas influências políticas que se infiltraram e de intenções escusas de alguns integrantes que fugiam completamente dos objetivos reais da entidade, optamos por suspender temporariamente a ideia para transformá-la em uma página deste portal de notícias.

Em assim sendo, vamos a mais uma discussão, que com certeza você não viu e tampouco ouviu alguém mencionando. Somente aqui, temos a coragem e criatividade para abordar assuntos, muitas vezes proibidos pelo sistema que comanda a cidade, basta citar por exemplo da implantação de inibidores de entrada de ar nos registros de água já apresentados aqui. 

Nesta edição nosso destaque é para a ampliação e revitalização do centro comercial da cidade de Marília. Seu objetivo é valorizar a histórica região e reverter seu processo de esvaziamento socioeconômico e cultural, recuperando a atratividade da região central tanto como local para se viver, como para se investir. Imóveis de interesse de preservação na área teriam desconto nos impostos, porém aqueles claramente colocados para especulação imobiliária, sofreriam a sanções do imposto progressivo que até hoje não foi implantado no município. Você já percebeu o número de prédios vazios e portas fechadas nas principais ruas do centro da cidade? Você sabe qual é o principal motivo?

Pois bem, essa é uma das ideias que se faz necessário ser discutida pelos comerciantes emergencialmente, antes que a migração de comerciantes para os bairros acabe inviabilizando o comércio na área central que realidade deve ser o cartão de visita da cidade, com atrações urbanísticas que se tornem até instrumentos de exploração turística. Apenas para se conscientizar, você já percebeu o número de lojas que fecharam suas portas no centro devido aos altos valores cobrados pela locação e se deslocaram para os bairros?       

Tornar o Centro da cidade ocupado, revitalizado e seguro. Essa é a meta do nosso Plano de Revitalização do Centro, discutido democraticamente com comerciantes e moradores. Embora em outras cidades que assim fizeram já prevendo também esta tendência de esvaziamento, os investimentos previstos e estimados variaram de R$ 50 a 80 milhões de reais, em Marília, os custos podem ser amenizados se a fome dos políticos não falar mais alto quando se envolve construtoras (não precisa nem falara o porquê).

Estamos falando de parcerias inteligentes, ou seja; Temos na cidade faculdades de arquitetura, engenharia e urbanismo e com isto, mão de obra gratuita para a criação de projetos, ou seja; a ideia é estimular um concurso para a apresentação de um projeto consensual que contemple a todos, onde tomamos a liberdade elencar alguns itens a serem respeitados;

  •  Um novo plano viário favorecendo a mobilidade urbana na área central para todos já contemplando a expansão territorial da área considerada central.
  • A reconstrução de um novo calçadão completo na rua São Luis nos moldes de Bauru e outras cidades com quiosques, palmeiras, totens, réplicas de dinossauros (exemplo) e outros atrativos.
  • Inovar com a cobertura do referido espaço que é feita em sistema modular híbrido: a estrutura de alumínio, com três tipos de fechamento, que trará proteção contra chuva e sol, medidas energéticas sustentáveis e controle de ventilação.
  • Implantar em toda a extensão do novo calçadão, um piso de estrutura modular drenante, para facilitar o escoamento da água da chuva.
  • No trecho a ser revitalizado também implantar bancos decorativos de madeira ou alvenaria e novas torres de iluminação.
  • Criação do calçadão híbrido nas quadras principais das ruas Prudente de Moraes e da rua nove de Julho.
  • Um projeto paisagístico com mais verde e um projeto de arborização nas grandes avenidas, talvez a volta da divisória na avenida Sampaio Vidal.
  • A padronização das ultrapassadas fachadas de lojas por modelos atuais e que sigam padrões paisagísticos a serem criados para o embelezamento visual
  • Uma ousada operação de substituição dos fios e cabos para linhas subterrâneas.
  • Criação de pelo menos duas ou três quadras em homenagem a colônia japonesa de Marília com monumentos decorativos, a exemplo do bairro da Liberdade em São Paulo.
  • Criação dos corredores exclusivos de ônibus apenas na Avenida Sampaio Vidal e Avenida Santo Antônio, alterando itinerário de linhas que passam por outras ruas no centro da cidade sem quaisquer condição de trafegabilidade por serem estreitas.
  • Criação do Shopping Popular com atrações e serviços públicos, como ganha tempo, poupa tempo e outros centralizados no local para atrair pessoas.
  • Proibição de comércio de ambulantes, mas ao mesmo tempo, a criação de um espaço específico para os mesmos em barracas padronizadas fornecidas pela prefeitura, mediante ao pagamento de uma taxa.
  • Criação do Fórum permanente de discussões do comércio central. Órgão independente para se discutir todos os problemas e soluções para a área central composto por comerciantes e moradores da região. A intenção não é confrontar com a ACIM, mas ser um instrumento sem interferência política  e com autonomia para debates em prol do desenvolvimento.
  • Criação do imposto progressivo e regras para se impedir que prédios fiquem com suas portas fechadas por mais de 3 meses na área central, sofrendo após o prazo, multas corrigidas em caso de reincidir após 30 dias.
  • Ampliar o monitorados por câmeras, pelo Centro de Operações Integradas, introduzir Wi-fi grátis e sistema de painéis informativos. Tais melhorias possibilitarão a ampliação do horário de funcionamento das lojas, inclusive para o período noturno, o que pode aumentar o número de postos de trabalho.
  • Criar espaço para atrações artísticas aos finais de semana ou a qualquer tempo.

Como se vê, projetamos cerca de 17 intervenções em diversos aspectos, como urbanístico, segurança, saúde, mobilidade, paisagismo e ações culturais. Se houver um esforço integrado facilmente chegaremos a pelos menos umas 30 sugestões que em muito ajudariam neste processo de revitalização do centro comercial.

A ideia é que esse projeto seja uma construção conjunta que beneficie tanto o comerciante instalado na região central, quanto as pessoas que frequentam e moram no Centro. E que também traga a sensação de pertencimento do espaço à população. Para isso existem planos desenvolvidos de forma Inter setorial e devem ser aplicados a curto e médio prazo. Se você gostou da ideia, compartilhe com os amigos e comerciantes. Vamos chamar a classe política para esta discussão.

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