SIMPLESMENTE VERGONHOSO. Marília tem 2,5 milhões para gastar com urbanização de uma rua para favorecer exclusivamente investimento milionário de magnatas, mas não tem dinheiro para o atletismo. A capital nacional dos radares que faturou até agora 11 milhões com multas e paga aproximadamente 500 mil por mês a empresa que os instalou, não tem dinheiro para o atletismo que representa condignamente a cidade.

E não para por aí. A administração municipal de Daniel Alonso e Cicero do Ceasa tem 23 milhões para contratar empresa terceirizada para limpar as escolas, mas não tem dinheiro para o transporte de atletas paralímpicos e tampouco para a alimentação dos mesmos. Tem a disposição 1, 2 milhões para gastar com álbum de figurinhas, fora os milhões em livros já no final do ano letivo, mas não tem dinheiro para custear as despesas de equipes de atletismo representando a cidade. É POUCO OU QUEREM MAIS ??? A LISTA É GRANDE, MAS PARAMOS NESTES EXEMPLOS.

É Vergonhoso para uma cidade, ter a sorte de produzir atletas de alto rendimento graças ao empenho de uma equipe técnica reconhecida internacionalmente (Esquilo, Lecão, Dora e demais profissionais) e não receber nenhum tipo de apoio da secretaria responsável e com a conivência da administração mais incompetente da história de Marília.

É de dar inveja, cidades até de menor porte, desfrutar de orçamento próprio aprovado por lei municipal para manter o atletismo, como Tupã, Presidente Prudente e tantas outras e a cidade de Marília, através do responsável pela pasta, priorizar apenas “OS AMIGOS DO REI”, SEM QUALQUER CRITÉRIO TÉCNICO. Cadê o comandante desta pocilga que nada vê, nada fala e nada escuta?

Felizmente no esporte, seja qual for a modalidade, temos uma palavra-chave que se chama SUPERAÇÃO. O transporte só foi possível graças e mais uma vez a UNIMAR (Universidade de Marília) que cedeu ônibus para transportar os atletas, visto que a solicitação dos mesmos FOI NEGADA pela administração municipal.

Estava em jogo a participação de grandes atletas da cidade, no evento que é considerado o Top das competições paralímpicas. Transporte resolvido, ficou para cada um ficar responsável pela sua alimentação ou lanche. Em off obtivemos a informação que em alguns casos, os próprios técnicos bancaram a refeição dos atletas, afinal, a prefeitura não tinha dinheiro para pelo menos isto. É UM ABSURDO e não é a primeira vez e tampouco a última, pois ainda faltam 13 meses e 25 dias para o fim dessa desastrosa gestão Narniana.

As dificuldades e os desafios se transformaram em estímulos e a cada quilômetro rodado na ida, o desejo embutido no interior de cada atleta para responder à altura o descaso para com toda a equipe que embarcou em busca de resultados, elevando o nome da cidade. O resultado não poderia ter sido diferente; os atletas paralímpicos competiram no meeting paralimpico de São Paulo, onde obtiveram 31 medalhas na competição dentre as modalidades de Atletismo e Natação.

Para quem não sabe, o Meeting Paralímpico Loterias Caixa de atletismo, halterofilismo e natação, foi idealizado e criado pelo Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB) e patrocinado pelas Loterias Caixa, tem como objetivos coroar o desenvolvimento da prática esportiva nos municípios e estados de nosso país, contribuindo para o aprimoramento técnico das modalidades em disputa e propiciar oportunidades de competição aos atletas de elite e apresentação dos valores do paradesporto brasileiro. Confira a participação dos atletas paralímpicos de Marília;

No atletismo a delegação foi composta por 12 atletas, que conquistaram 21 medalhas, sendo 11 de ouro, 7 de prata e 3 de bronze. Já a natação disputou a competição com 4 atletas, que juntos conquistaram mais 10 medalhas para a AMEI, 7 de ouro e 3 de prata. Confira todos os resultados:

ATLETISMO 🏃

Amarildo Santos

– Arremesso de Peso(F56) com 6,15m.

–  Lançamento de Dardo(F56) com 17,45 m.

Cicero Júnior

– Lançamento de Disco(F54) com 13,40 m.

– Lançamento de Dardo(F54) com15,86 m.

Daniel Martins

–  400 m. rasos(T20) com 49″72

Gerson Silva

–  Lançamento de Disco(F11) com 22,27 m.

– Arremesso de Peso(F11) com 7,46 m.

Gustavo Dias

– Salto em Distância(T20) com 6,20 m.

Jessica Stefani

–  Lançamento de Disco(F35) com 11,11 m.

– Lançamento de Dardo(F35) com 8.63 m.

Kelen Oliveira

– Arremesso de Peso(F57) com 5,54 m.

– Lançamento de Dardo(F57) com 11,97 m.

Kevin Campos

–  Salto em Distância(T43) com 4,99 m.

– 100 metros rasos(T43) com 12″93

Marcio Nascimento

– Lançamento de Dardo(F55) com 15,06 m.

– 4º lugar Arremesso de Peso (F55) com 6,67 m.

Paulo Santos

– Arremesso de Peso(F54) com 7,01 m.

– Lançamento de Dardo(F54) com 19,45 m.

Valquíria Guelfi

– Lançamento de Disco (F44) com 14,14 m.

–  Lançamento de Dardo(F44) com 10,05 m.

Victor Hugo Nunes

–  100 metros rasos (T53) com 25″26

–  200 metros rasos (T54) com 39″14

NATAÇÃO 🏊

Eduardo de Almeida (S13)

– 50 m. livre com 44″30

– 100 livre com 1’39″66

– 100 Borboleta com 2’09″45

Gabriel Lima Dela Libera (S9)

–  100 m. Borboleta com 1’30″17

– 100 m. Costas com 1’34″18

– 5º lugar 100 m. Livre com 1’17″29

Maria Victoria Brandt (S14)

–  100 m. Costas com 1’36″14

– 100 m. Livre com 1’15″66

– 200 m. Livre com 2’52″33

Sabrina Linares (S13)

– 100 m. Costas com 1’51″25

– 50 m. Livre com 40″49

Após a competição, nós conseguimos um contato com o Técnico dos Atletas Paralímpico de Marília, Luis Carlos Albieri (Esquilo) que assim desabafou a nossa reportagem; “foi uma emoção muito grande ver tantos talentos formados na cidade de Marília, ao mesmo tempo, uma decepção muito grande com o poder público da cidade, sendo que alguns atletas passam por diversas dificuldades inclusive alimentação, onde neste evento tiveram que arrumar um meio de custear as suas próprias despesas, pois o poder público se recusou a fornecer qualquer tipo de ajuda, sendo que o transporte foi fornecido pela UNIMAR (Universidade de Marília)” concluiu.

Ao final ele conclamou; “Esperamos que haja mais colaboração da Secretaria Municipal de Esportes de Marilia, para que este fato não venha a se repetir novamente, pois o imposto que pagamos temos o direito de ser bem atendidos”.

As consequências

A DIFERENÇA. Há dias atrás, este portal de notícias informou a conquista de uma atleta da não tão distante cidade de Tupã, que conquistou o vice campeonato brasileiro em sua modalidade. O reconhecimento da administração daquela cidade foi tão grande que foi organizado um desfile com carro aberto na chegada da mesma pelas principais ruas daquele município, sendo recepcionada posteriormente pelo gestor da cidade no seu gabinete com a presença dos demais secretários. VALORIZAÇÃO É A PALAVRA

Como já citamos em outra reportagens sobre o atletismo de Marília, a falta de investimentos e de um critério técnico de rendimento e resultados acaba por desestimular os atletas que são contratados por outras cidades com mais estrutura e reconhecimento.

São vários os exemplos já ocorridos na capital nacional dos radares que poderia muito bem se tornar A CAPITAL NACIONAL DO ATLETISMO. Como isto é uma utopia, pelo menos na atual administração, estamos informando em primeira mão que duas equipes de atletas já estão de mudança para outra cidade, graças aos investimentos que serão realizados em suas carreiras. NO INÍCIO DO PRÓXIMO ANO FALAMOS A RESPEITO. PARABÉNS AOS ENVOLVIDOS E IRRESPONSÁVEIS. É UMA PENA !!!!

DIRETO DO PLANTÃO ESPORTIVO

error: Conteúdo protegido por direitos autorais.